ILIMITADO
REFŪGIO PERFEITO EM MONTE VERDE
Aprimeira vez que pisei em Monte Verde foi em 1991. Eu trabalhava em Americana, interior de São Paulo, em uma tecelagem, mas já gostava de cozinhar. Passei umas férias aqui e fiquei muito encantado com o lugar. O clima, a vegetação, as montanhas… Fiquei muito apaixonado mesmo. Mas não tinha como largar tudo e trocar de cidade.
Em 1998, meu marido, Whitman, e eu fizemos uma primeira experiência: montamos uma casa de chá na entrada da vila, que funcionava de quinta-feira a domingo. A casa de chá foi uma espécie de embrião do bistrô. Servíamos café da manhã e chá da tarde, mas também refeições durante o dia. Monte Verde era bem diferente naquela época: praticamente, só tinha movimento no outono- -inverno e nos fins de semana.
Nós morávamos em Jundiaí e passávamos o início da semana lá,
onde Whitman, que é dentista, trabalhava no consultório, e o resto da semana tocávamos a casa de chá. Como a vila é muito distante e não dava para ficar saindo para buscar ingredientes, comecei a ir em busca dos produtores locais. Uma das recordações que tenho é que havia muitas plantações de maçãs no entorno e, por isso, criei muitos pratos com a fruta. Até hoje ainda busco maçãs de uns produtores que restaram daquela época.
Esse período da casa de chá durou pouco, porque começamos a nos cansar do deslocamento. Também tínhamos as meninas ainda pequenas, em idade escolar, que precisavam de atenção. Então, deixamos Monte Verde. Em Jundiaí, no fim de 2000, abri o Sal da Terra, um restaurante de cozinha brasileira. Foi uma experiência muito bacana, mas a ligação com Monte Verde permanecia em nós.
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