A PRIP
A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento existe para cumprir os objetivos da USP de acolher a diversidade, assegurar oportunidades e oferecer condições para que alunos, servidores e docentes vivenciem a melhor experiência acadêmica e contribuam para a excelência da universidade.
Para tanto, a PRIP será estruturada em cinco áreas que, necessariamente, trabalharão de forma articulada. São elas:
- Vida no campus
- Mulheres, Relações Étnico-Raciais e Diversidades
- Saúde Mental e Bem-Estar Social
- Direitos Humanos e políticas de reparação, memória e justiça
- Formação e vida profissional
A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) foi criada em 5 de maio de 2022. Compõe, juntamente com a Reitoria as outras quatro Pró-Reitorias (Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação e Cultura e Extensão), os órgãos centrais executivos da Universidade de São Paulo.
Por que uma nova Pró-Reitoria?
Criada em maio de 2022, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) se consolida em um momento em que as diversidades têm sido foco de políticas e debates mundiais e nacionais.
As universidades integram este movimento de reconhecimento político das diferenças. A USP tem há décadas expressado preocupação com as desigualdades. Buscou, através do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), criado em 2006, ampliar a presença de aluno(a)s da rede pública no seu corpo discente. Em 2009, 30% do(a)s aprovados no exame vestibular eram oriundos de escolas públicas. Em 2017, a USP adotou a política de cotas. Em 2015 definiu a adesão ao SISU. Estas decisões do Conselho Universitário foram fundamentais para diversificar o perfil dos alunos de graduação e de pós-graduação.
Dados do EGIDA indicam que, em 2015, havia 77,4% de estudantes ativos brancos e 15,6% pretas/os e pardas/os. Em 2022, o número de estudantes pretas/os e pardas/os subiu para 24,6%, indicativo de que as políticas de reserva de vagas nesse período tiveram efeitos concretos. Outro aspecto relevante refere-se a que os dados indicam uma importante e crescente presença da USP no cenário nacional. Em 2021, dos ingressantes na USP capital 16% eram do Estado de São Paulo e outros 16% de outras regiões do Brasil. A mudança é radical pois em 2018 o total de aluno/as de fora da capital era de apenas 16%. Em 2017, os dados indicam que 31,41% de aluno/as matriculadas/os eram de cidades diferentes das de residência de origem, enquanto que em 2021 foram 51,49%.
As importantes alterações nos perfis das/os estudantes ingressantes também sugerem a ampliação dos desafios e demandas relacionados à inclusão e pertencimento. É nesse contexto que surge a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento. Institucionalmente reconhece, por um lado, que políticas de diversidade e de inclusão devem estar articuladas às políticas de pertencimento. Por outro lado, a Pró-Reitoria pretende responder e qualificar as respostas já existentes para diversas perguntas fundamentais: como garantir a permanência qualificada de nossas/os alunas/os, servidoras/es e docentes? Como garantir condições similares para a realização da carreira docente considerando a pluralidade de diferenças que sobre ela incidem, tais como legislações estaduais e nacionais, condições de gênero, sexualidade e étnico-raciais? Como garantir adequado acesso à vida no campus? Como reconhecer as necessidades de pessoas portadoras de deficiências e mitigar eventuais dificuldades? Como ampliar a noção de direitos e reconhecer as potências construtivas da memória? Como políticas de inclusão e pertencimento ampliam a presença da USP nas políticas públicas nacionais?
São essas algumas das questões que organizam as preocupações e as ações que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento enfrenta.
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