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Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro

A briga contra o rebaixamento para a Série B será uma das principais na última rodada do Brasileirão, que acontece nesta quarta-feira (6), com nove dos dez jogos às 21h30. Já que as quedas de América-MG, Coritiba e Goiás estão confirmadas, resta uma vaga, a ser preenchida por Vasco, Santos ou Bahia. As três equipes jogarão em casa para tentar evitar um prejuízo enorme em vários aspectos, que vão do financeiro ao histórico.

O cruz-maltino e o tricolor baiano se tornaram Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) recentemente, adquiridas por fundos estrangeiros. No entanto, o campo ainda não mostrou efeito prático dos investimentos recebidos, e suas campanhas na temporada tem sido decepcionantes.

Em especial para o clube carioca, o temor pelo que seria o quinto rebaixamento e a sexta disputa da segunda divisão da história deixa todos temerosos. Aliás, este seria um episódio inédito para a equipe do litoral paulista, que vive sob gestão conturbada há alguns anos.

Ameaça sob tutela do Grupo City

A compra do Bahia pelo Grupo City — conglomerado mundial de clubes, liderado pelo Manchester City (Inglaterra) — trouxe grandes expectativas para o 2023 tricolor. O clube já tinha uma gestão correta quando ainda era associativo, e havia conseguido bons resultados em nível regional e até nacional. Nem o rebaixamento surpreendente em 2021 teve efeito tão longo, pois o acesso do retorno veio logo no ano passado.

Para esta temporada, foram comprados vários jogadores por valores recordes para o clube, como os laterais Chávez, do Independiente Del Valle, e Gilberto, do Benfica. Nomes como Cauly, Vitor Hugo e Kayky — revelado pelo Fluminense e comprado pelo City — eram esperança de competitividade.

Porém, o Bahia permaneceu por muito tempo sob o comando do português Renato Paiva, que comprometeu grande parte da temporada. A tentativa de mudança de rumo, com a chegada de Rogério Ceni, não vem dando frutos. O Bahia abre a zona de rebaixamento (17º colocado), com 41 pontos, e risco de queda de 68,90%, segundo a ferramenta Bola de Cristal.

Ele vem sendo desenhado por uma irregularidade flagrante. Após golear o Corinthians por 5 a 1, fora de casa, o time conseguiu ser derrotado pelo São Paulo, na Fonte Nova — única vitória da equipe como visitante no campeonato —, e pelo lanterna América-MG. Mesmo com tropeços dos concorrentes, o Bahia não vem fazendo sua parte.

A partida contra o Atlético-MG, que ainda briga por vaga direta na Libertadores e título brasileiro, pode confirmar o quarto rebaixamento tricolor na era dos pontos corridos. Isso impactaria a formação do elenco para o ano que vem, os investimentos do Grupo City, e seria ainda mais doloroso para a torcida, que viu o rival Vitória subir e conquistar a Série B deste ano.

Fantasma interminável em São Januário

As lembranças ruins para os cruz-maltinos vêm da herança de quatro rebaixamentos e cinco Séries B disputadas nos últimos 15 anos, deixada pelos últimos momentos do clube associativo. Adquirido pela 777 Partners, havia a promessa de alívio imediato, a chegada de aportes financeiros e uma gestão técnica, ao contrário do ambiente viciado politicamente em São Januário.

A chegada de Ramón Díaz aconteceu apenas no meio da temporada, com o treinador tentando conduzir uma tentativa de recuperação de todas as formas, exemplificado pela frase "Vasco no baja" ("o Vasco não vai cair"). Porém, os erros do primeiro semestre ficaram expostos.

Sobretudo, nas contratações que não deram resultado, e no comando técnico de Maurício Barbieri, outra escolha que se mostrou equivocada. Mesmo com a aquisição de nomes como Dimitri Payet e Pablo Vegetti, que roubaram a cena neste segundo semestre, o pacote do ano cobra seu preço.

A equipe vascaína ficou para trás por tempo demais, e frequentou a parte de baixo da tabela em grande parte do campeonato. No momento, ocupa o 16º lugar, com 42 pontos, apenas um acima do Bahia. Segundo a Bola de Cristal, seu risco de queda é de 24,90%.

O desafio da última rodada será contra o Bragantino, em São Januário, um adversário que já está confirmado no G6 e não briga por mais nada. Permanecer na elite será fundamental para que a próxima temporada seja planejada com mais acerto, após várias lições terem se apresentado em 2023. Cair seria um golpe forte demais no aspecto financeiro e no orgulho de uma torcida que acredita no fim das decepções.

O Peixe seguirá incaível?

Santos, São Paulo e Flamengo: esse é o grupo de clubes que nunca caíram para a Série B ao longo de toda história do Campeonato Brasileiro. E o alvinegro ainda vive o risco de poder deixar este trio justamente na primeira temporada após a morte do Rei Pelé, maior jogador da história do futebol e do clube.

Tudo bem que as probabilidades do fantasma do rebaixamento se abater sobre a Vila Belmiro são as menores: apenas 6,20%. Atual 15º colocado, com 43 pontos, dois acima do Bahia, o Santos receberá o Fortaleza, que já se encontra estável no 10º lugar.

Porém, as fraturas expostas na conturbada gestão se refletiram em mais uma temporada de baixo poderio financeiro e instabilidade no comando. Tanto que o escolhido para tocar a equipe até o final do ano foi o interino Marcelo Fernandes, efetivado no cargo.

A possível permanência do Santos se explicaria por alguns bons resultados em confrontos diretos, que deram alguma "gordura", como a vitória sobre o Goiás e a goleada sobre o Vasco. O triunfo sobre o Flamengo, em Brasília, também foi de suma importância.

Jogadores como o jovem Marcos Leonardo e até o experiente Julio Furch, contratado há pouco tempo, tiveram seu brilho individual. A ordem principal na Vila é a de permanecer entre os melhores clubes do país, uma constante em sua história, e evitar que a situação financeira desande ainda mais. Até porque não disputará a Copa do Brasil em 2024, importante fonte de receitas.

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