Polícia procura suspeito de integrar quadrilha de falsos vendedores de piscinas em Minas Gerias

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Os suspeitos realizavam anúncio em uma plataforma de compra e venda de rede social com ofertas de instalação de piscinas. Segundo apuração da CBN, para concretizar o negócio, os suspeitos solicitavam um valor de entrada, via transferência bancária, e não realizavam a entrega do produto nem do serviço.

Inclusive, para ganhar confiança dos clientes, a quadrilha instalava uma piscina em cada condomínio e realizava uma espécie de "festa" com os vizinhos, para no futuro, aplicar o golpe. É o que explica à CBN Matheus Rezende, delegado responsável pelo caso.

"Então, eles procuravam normalmente sítios ou normalmente condomínios e nesse local, eles chegavam realmente a instalar uma piscina, é o interessante nisso que a gente conversando com as vítimas. Eles instalavam uma piscina no local e fazia uma grande festa, fazia um grande alarde. Eles convidavam os vizinhos, eles chegavam a fornecer champanhe para inaugurar a piscina do vizinho, então, isso assim gerava essa credibilidade nas pessoas. Faziam isso com essa intenção, realmente né, de gerar essa credibilidade para poder realizar os golpes", disse Rezende à CBN.

Em depoimento, uma das vítimas contou que chegou a ter pena dos supostos vendedores já que eles alegavam que não entregaram a piscina porque um dos envolvidos estavam com câncer. No entanto, no momento da prisão de uma integrante da organização criminosa, ela afirmou que as ações eram premeditadas.

"Uma das investigadas, quando foi presa ela alegou que, na verdade ele já sabiam que não tinham condição de entregar a piscina, mesmo assim, segundo ela, ele fazia uma espécie de bola de neve com as palavras dela, com os dizeres dela, né? Porque já sabiam que não ia ter condição de cumprir, mesmo assim, ainda continuavam fazendo outras vítimas", disse.

Até o momento foram identificadas e ouvidas nove vítimas, mas a Polícia Civil acredita que pode haver um número maior. A investigação contabilizou o prejuízo de mais de R$ 200 mil aos clientes.

Além disso, a fábrica de piscinas e serviços de instalação também foram prejudicados e tiveram um prejuízo de R$ 57 mil que havia sido pago pelos autores com cheque sem fundo.

O investigado de 44 anos foi preso e é apontado pela Polícia Civil como chefe da associação criminosa. Segundo apuração da CBN, ele tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, violência doméstica e crimes patrimoniais.

Após os procedimentos de polícia judiciária, os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional. As investigações prosseguem para a prisão de um terceiro envolvido, de 33 anos, não localizado pela polícia até o momento. Ele é considerado foragido.