Educação
PUBLICIDADE
Por — Rio de Janeiro

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 21/06/2024 - 04:30

Relator busca manter acordo no Novo Ensino Médio

Relator na Câmara busca derrubar alterações feitas no Senado no projeto do Novo Ensino Médio, garantindo acordo prévio e mantendo 2,4 mil horas para disciplinas tradicionais. Debate entre os parlamentares envolve questões como a obrigatoriedade do Espanhol e a carga horária do ensino técnico. A urgência na aprovação do texto é destacada para que as redes de educação possam se preparar para as mudanças previstas para 2025.

Depois de ter sua versão modificada quatro vezes desde que foi proposto pelo Ministério da Educação, o projeto de reformulação do Novo Ensino Médio pode ser alterado novamente, após ser aprovado — com mudanças — pelo Senado, em votação na noite de quarta-feira. O relator do projeto na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (União-PE), afirmou na quinta que vai trabalhar para derrubar as sugestões introduzidas por Professora Dorinha (União-TO), que ficou encarregada de relatar o tema no Senado. Mendonça quer restabelecer o que foi definido num acordo entre governo e o colégio de líderes da Casa.

— Respeitando as contribuições do Senado, vou trabalhar para preservar o acordo que foi feito com muito esforço de todas as partes e envolveu os secretários de educação, o ministério e a oposição. Ele tecnicamente agrada bastante, e acho que a tradição da Câmara fará cumprir o acordo — afirmou Mendonça, ao GLOBO, prevendo a nova apreciação do texto pelos deputados no início de julho.

Na Câmara, o ministro da Educação, Camilo Santana, conseguiu chegar a um acordo com Mendonça só depois de passar por vários embates com o parlamentar, que foi ministro da Educação do governo Temer e responsável pelo projeto que levou ao modelo adotado atualmente.

‘O tempo conta contra’

Ainda antes da aprovação entre os senadores, o governo já havia atuado para conseguir mexer nos pontos sugeridos por Dorinha e garantir 2,4 mil horas para as disciplinas tradicionais — a relatora havia definido 2,2 mil inicialmente. No entanto, a senadora manteve pontos que modificaram o texto vindo da Câmara, como determinar o Espanhol disciplina obrigatória. Por isso, o projeto voltou para a análise dos deputados.

Embora tenha reformado pontos do projeto, a relatora reconheceu, durante a votação do Senado, que o projeto precisa ser aprovado com rapidez para as redes de educação conseguirem se planejar no ano que vem. E chegou a declarar que contava com o apoio do relator na Câmara para isso:

— Eu tenho conversado com Mendonça Filho para que, juntos, possamos aprovar esse texto rapidamente, porque o tempo conta contra. Precisamos ter urgência e organização, porque os sistemas precisam se organizar para o início de 2025 — reconheceu Dorinha.

Outras alterações da relatora foram prever que o Enem terá como base apenas a formação geral básica e restringir a regra de contratação por notório saber de professores apenas em “caráter excepcional e mediante justificativa do sistema de ensino, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Educação e respectivo Conselho Estadual de Educação”. Dorinha também mudou o trecho sobre ensino à distância, definindo que ele seria permitido, mas apenas em “casos de excepcionalidade emergencial temporária reconhecida pelas autoridades competente”.

Outra mudança aprovada pelos senadores foi relativa ao ensino técnico. Dorinha propôs que a carga horária de formação geral básica cresça a partir de 2025 para no mínimo 2,2 mil horas, com possibilidade de aproveitamento integrado de 200 e 400 horas do tempo dos itinerários nas disciplinas tradicionais.

A partir de 2029, a carga horária total do ensino médio precisaria crescer para esses estudantes, passando de 3 mil horas para 3,2 mil, 3,4 mil e 3,6 mil horas, a depender dos cursos. Nesse formato, o estudante cursaria 2,4 mil horas de formação geral básica mais 800, 1 mil ou 1,2 mil horas de cursos técnicos. Segundo Dorinha, 70% dos cursos técnicos no Brasil possuem entre 1 mil e 1,2 mil horas.

Na segunda-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) publicou uma carta aberta afirmando que deseja a aprovação do projeto, no Senado Federal “nos termos em que foi aprovado na Câmara dos Deputados”.

— O texto da Câmara é o consenso possível dos temas mais polêmicos. Por isso defendemos ele. Como volta para lá, os deputados podem reestabelecer o que foi aprovado. Algumas mudanças do Senado trouxeram preocupações adicionais — afirmou Vitor de Angelo, presidente do Consed.

Mais recente Próxima Greve dos professores: pelo menos 24 universidades sinalizam fim da paralisação; veja a situação em cada uma
Mais do Globo

Atacante japonês Kazuyoshi Miura já deixou claro que seu sonho é jogar até os 60 anos

Saiba os segredos do jogador de futebol mais longevo da história para continuar competindo como profissional aos 57 anos

Seleção argentina se classificou para a final da Copa América nesta terça-feira

'São as últimas batalhas e estou aproveitando ao máximo', diz Messi após classificação para final

Uruguai e Colômbia entram em campo nesta quarta-feira (10), às 20h (de Brasília), partida terá transmissão da TV Globo e Sportv

Uruguai x Colômbia na Copa América: onde assistir, horário e prováveis escalações do jogo

Homem de 64 assediava vítima pelas redes sociais; ele confessou o crime

'Obsessão doentia': 'stalker' mata mulher com tiro no rosto após rejeição, na Argentina

Ideia levantada por Lewandowski já está na lei, mas resistências impedem que tenha sido posta em prática

É vital para a segurança unificar ocorrências e antecedentes criminais

Jogador já assinou contrato, mas clube inglês ainda não

Vasco espera documento para anúncio de Coutinho nesta quarta-feira

A Lua nesta quarta-feira (10) está em sua fase nova; veja calendário das fases lunar para o mês de julho

Lua hoje: veja a fase lunar desta quarta-feira (10)

Lula acabou caindo na armadilha do argentino

Milei é um provocador

Julho de 2024 não tem feriados nacionais, mas alguns estados e municípios possuem folgas no mês

Quando serão os próximos feriados de julho? Veja datas e quem pode folgar

Há muito para fazer em termos de novos controles e mecanismos de auditoria e fiscalização

Lições da fraude na Americanas