Entre o fim de novembro e o início de dezembro Lula e Alexandre Silveira deram várias entrevistas afirmando que o Brasil se tornaria membro da Opep+, uma agremiação em que os países atuam como integrantes associados à Opep, com direito de participar de todas as reuniões.
Lula chegou a dizer, em plena COP28, que o Brasil tinha que “convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis". E Silveira cravou janeiro como a data para o ingresso do país na organização. Beleza.
Sete meses se passaram e, por enquanto, a coisa está mais para factoide.
O Observatório do Clima pediu ao Ministério de Minas e Energia, via Lei de Acesso à Informação, esclarecimentos sobre o andamento da entrada do Brasil na Opep+. E veio a resposta na sexta-feira passada: "Até o presente momento, não é membro; dessa maneira não há que se falar em carta de adesão".
Diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima:
— Aquele anúncio, em plena COP28, criou constrangimento em Dubai, pois veio de um país que queria liderar as discussões sobre as mudanças climáticas.
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