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"Ninguém me defende, eu tô apanhando sozinho": os bastidores de Cid na prisão | Cid: A sombra de Bolsonaro #4

Do UOL, em São Paulo

10/07/2024 04h10

"Só tem coisa ruim sobre mim: ninguém me defende, eu tô apanhando sozinho e essa perseguição tá chegando em gente que não tem nada a ver com a história."

Isolado na prisão, Mauri Cid explicou a seus advogados que decidiu delatar após ouvir notícias em um rádio de pilha sobre o avanço das investigações contra ele e contra seus familiares.

O quarto episódio de "Cid: A Sombra de Bolsonaro", um podcast original do UOL Prime, também relata os bastidores da negociação de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que revelou a discussão de um plano de golpe entre o então presidente Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas.

O plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve sua face mais visível nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A avaliação é do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, que falou com exclusividade ao podcast.

Os quatros episódios da série já estão disponíveis no YouTube do UOL Prime, Spotify e em outras plataformas de áudio.

Os pontos principais do episódio

  • O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, contou que a delação premiada não foi sua primeira opção de defesa e que ela só foi proposta após os depoimentos prestados à Polícia Federal.
  • Cid revelou na delação a discussão de um decreto golpista pelo então presidente Jair Bolsonaro com o objetivo de convocar novas eleições e prender adversários políticos.
  • A PF, entretanto, passou a desconfiar da lealdade de Cid após a revelação de novas informações de seu celular e da divulgação de áudios nos quais ele critica a PF e o ministro Alexandre de Moraes. Cid foi preso novamente e foi solto dois meses depois.
  • Cid ainda acredita que pode retomar sua trajetória e ser promovido a patentes superiores no Exército. Tudo dependerá do desfecho das investigações contra ele e dos benefícios que o ministro Alexandre de Moraes concederá na delação premiada.