Ex-presidente da Argentina nega agressão a ex-primeira-dama: 'É falso'

O ex-presidente argentino Alberto Fernández rebateu nesta terça-feira (6) a acusação de violência doméstica contra a ex-primeira-dama Fabiola Yañez.

O que aconteceu

Comunicado foi publicado pelo ex-presidente nas redes sociais. "Tendo tomado conhecimento pela mídia da denúncia de Fabiola Yáñez contra mim, quero expressar que a verdade dos fatos é diferente. Só vou dizer que é falso e que aquilo de que vocês agora me acusam nunca aconteceu", escreveu ele.

Pela integridade dos meus filhos, da minha e também da própria Fabíola, não farei declarações na mídia, mas sim fornecerei provas e depoimentos em juízo que revelarão o que realmente aconteceu.
Alberto Fernández em comunicado publicado no X

Fabiola Yáñez denunciou Fernández por violência de gênero nesta terça-feira (6). A denúncia ocorreu depois que supostas mensagens que indicariam agressões contra a ex-primeira-dama, incluindo fotos com ferimentos, foram vazadas à imprensa.

"[A Fabíola] ligou para o [juiz] Julián Ercolini e disse 'quero fazer uma denúncia criminal, quero denunciá-lo pelos delitos das agressões que recebi dele e pelas ameaças que venho sofrendo'", disse o advogado da suposta vítima, Juan Pablo Fioribello, ao canal La Nación +.

Magistrado proibiu o ex-presidente de deixar o país, segundo a imprensa local. Ele também teria ordenado medidas de restrição e proteção contra ele.

Vazamento ocorreu após mensagens entre Yáñez e a secretária particular de Fernández, María Cantero. Nelas, a ex-primeira-dama teria relatado agressões sofridas do então presidente, inclusive com fotografias.

Caso paralelo

Segundo Fioribello, as mensagens foram descobertas no contexto de outro caso que também está sendo conduzido por Ercolini. O caso em questão envolve supostos atos de corrupção cometidos durante a gestão de Fernández, que governou o país entre 2019 e 2023.

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Ercolini avalia um possível tráfico de influência a favor de um produtor de seguros próximo a Fernández, Héctor Martínez Sosa. No âmbito desse caso, o juiz se deparou com as mensagens e fotos que mostrariam as agressões e por isso convocou uma audiência em julho para notificar Yáñez a respeito, mas ela decidiu não apresentar denúncia na ocasião.

Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65 anos, foram casados durante todo o mandato. Eles tiveram um filho em 2022 chamado Francisco. Eles estão atualmente separados. Yáñez vive em Madri com o filho, enquanto Fernández mora em Buenos Aires.

Durante o governo Fernández, Yáñez foi titular da Fundação Banco Nación e não teve papel protagonismo na mídia, da qual fez parte antes de se tornar primeira-dama, quando atuou como jornalista em diversos programas de televisão.

*Com informações da agência AFP

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