Em busca de informa��es sobre hackers estrangeiros, o governo dos EUA ampliou, sem alarde, o monitoramento das comunica��es pela internet dos americanos, segundo o jornal "The New York Times" e a organiza��o jornal�stica sem fins lucrativos ProPublica.
A informa��o, vinda de documentos fornecidos pelo ex-analista da NSA (Ag�ncia Nacional de Seguran�a) Edward Snowden, revela parte da opera��o de guerra cibern�tica da gest�o Barack Obama, quando os EUA se tornaram alvo mais comum de ataques.
Horas ap�s a divulga��o dos documentos, o governo anunciou que os dados de 4 milh�es de funcion�rios p�blicos foram capturados em um ataque ocorrido no Escrit�rio de Recursos Humanos (OPM, na sigla em ingl�s) em dezembro, aparentemente de hackers chineses.
A ag�ncia informou que ir� notificar e auxiliar todos os funcion�rios ou ex-empregados que tiveram informa��es roubadas.
MEMORANDOS SECRETOS
Segundo o "NYT", o Departamento de Justi�a redigiu, em 2012, dois memorandos secretos que permitem � NSA buscar, sem mandado judicial e em solo americano, dados que pudessem ser ligados a ataques cibern�ticos de governos estrangeiros.
A ag�ncia, no entanto, tamb�m buscou dados sobre hackers sem v�nculo comprovado com outros pa�ses.
"N�o deveria ser surpresa o governo reunir dados de intelig�ncia sobre pot�ncias estrangeiras que tentem penetrar redes dos EUA e roubar informa��es de cidad�os e empresas", disse o porta-voz do diretor de Intelig�ncia Nacional, Brian Hale, ao "NYT".
Nesta sexta (5), o jornal publicou artigo de Snowden em que ele revela os esc�ndalos de espionagem do governo dos EUA e comemora a aprova��o do Freedom Act, lei que restringiu os poderes da NSA de monitorar as liga��es telef�nicas dos americanos, passando a exigir mandado judicial para faz�-lo.
"Estamos testemunhando a ascens�o de uma gera��o p�s-terror, que rejeita uma vis�o de mundo definida por uma �nica trag�dia", afirma Snowden, que vive na R�ssia.
Ele lista uma s�rie de vit�rias de ativistas pela privacidade ao redor do mundo desde 2013, entre elas a aprova��o do Marco Civil da internet, no Brasil.
Apesar disso, afirma, "o direito � privacidade continua sob amea�a".
As buscas por informa��es de estrangeiros utilizando a infraestrutura de internet dos Estados Unidos n�o foram tratadas na nova lei.