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    Fundo de Abu Dhabi negocia compra de fatia na Invepar, diz ag�ncia

    DA REUTERS

    09/02/2017 17h06

    Lalo de Almeida - 2.fev.2012/Folhapress
     GUARULHOS, SP, BRASIL, 02-02-2012, 08h00: Movimenta��o na esteira da �rea de desembarque internacional do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). (Foto: Lalo de Almeida/Folhapress, MERCADO)
    Movimenta��o no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, administrado pela Invepar

    O fundo Mubadala, de Abu Dhabi, est� negociando a compra de 24,4% na Invepar, empresa que administra concess�es como as do metr� do Rio de Janeiro e do aeroporto de Guarulhos, em S�o Paulo.

    As conversas incluem a inje��o de recursos na companhia para alavancar projetos e reduzir sua d�vida, segundo relato de tr�s pessoas com conhecimento direto do assunto nesta quinta-feira (9).

    As conversas est�o avan�adas e um acordo pode ser anunciado no fim de fevereiro ou no come�o de mar�o.

    O neg�cio pode ser fechado por mais de US$ 2 bilh�es, disseram as fontes.

    O Mubadala tenta adquirir a fatia que era da OAS. Hoje a participa��o est� nas m�os de um grupo de investidores que eram credores da empreiteira. Com a recupera��o judicial da OAS, o grupo acabou ficando com as a��es em troca de US$ 1,25 bilh�o devidos pela empreiteira.

    Um acordo com o Mubadala implicaria a reformula��o do atual acordo de acionistas. Previ, fundo de pens�o dos funcion�rios do Banco do Brasil, Petros, da Petrobras e Funcef, da Caixa Econ�mica Federal, t�m juntos 75,6% das a��es da Invepar.

    S�cios

    Resist�ncias dos fundos a altera��es no acordo impossibilitaram anteriormente a venda da fatia. Sem dinheiro para pagar suas d�vidas ap�s ser atingida pela Opera��o Lava Jato, a OAS colocou a participa��o � venda.

    A empreiteira chegou a fechar um acordo com a Brookfield. Pelo acerto, receberia R$ 1,4 bilh�o. Ao final, contudo, os canadenses desistiram de fechar a compra.

    No acordo agora em negocia��o, o Mubadala concordaria em colocar dinheiro novo para refazer o acordo, disseram as fontes.

    Com a inje��o de capital, as participa��es mantidas pelos fundos dos funcion�rios das estatais seriam dilu�das.

    No fim de 2015, Previ, Petros e Funcef se viram obrigados a injetar cerca de R$ 1 bilh�o na concession�ria para ajud�-la a quitar d�vidas.

    A Invepar se endividou para vencer os leil�es das concess�es e contava com uma oferta de a��es para levantar R$ 3 bilh�es e pagar seus compromissos. Com a crise, o plano n�o vingou.

    Os fundos tinham de socorrer a empresa, mas n�o podiam aumentar sua participa��o, que hoje j� est� no limite do que � permitido por seus regulamentos. A sa�da encontrada foi emprestar dinheiro.

    Procurado, o Mubadala disse que est� "sempre � procura de oportunidades em setores e geografias com forte potencial".

    A OAS, representantes dos grupo de investidores e a Previ n�o quiseram comentar as informa��es. Os fundos Petros e Funcef n�o comentaram de imediato.
    expans�o

    A primeira incurs�o do Mubadala no Brasil ocorreu em 2012 e aconteceu por meio de uma parceria com Eike Batista, de quem comprou participa��o e concedeu empr�stimos aos neg�cios de minera��o, energia e log�stica do grupo EBX.

    O colapso da EBX deixou o Mubadala com o controle de v�rias empresas de Eike, incluindo um porto, um hotel e uma fatia de US$ 300 milh�es que ele tinha no Burger King Holdings. Eike hoje est� preso na penitenci�ria de Bangu, suspeito de ter pago propina ao ex-governador do Rio S�rgio Cabral.

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