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    Banda Corte apresenta em show sua experimenta��o barulhenta

    THALES DE MENEZES
    DE S�O PAULO

    21/10/2017 02h00

    Bruno Santos/ Folhapress
    Cuca Ferreira, Alzira E, Fernando Thomaz e Marcelo Dworecki, da banda Corte
    Cuca Ferreira, Alzira E, Fernando Thomaz e Marcelo Dworecki, da banda Corte

    O nome da banda � uma escolha bem adequada: Corte. Porque o grupo realmente corta rela��es com o som que seus integrantes costumam exibir na cena independente paulistana. O �lbum de estreia, hom�nimo e autoproduzido, surpreende. E agrada.

    Neste s�bado (21), Corte lan�a oficialmente o disco, pelo selo YB Music, em show no Sesc Pompeia. O p�blico poder� conhecer o projeto iniciado por Marcelo Dworecki e Alzira E, que trabalham juntos desde 2012, em v�rios discos e shows. Mas tinham transitado at� agora por uma MPB com inje��o de experimenta��o. Nada como o Corte.

    "Depois do per�odo de shows de 'O Que Vim Fazer Aqui', disco da Alzira de 2014, eu queria fazer uma coisa que n�o cabia nos outros grupos nos quais eu trabalhava, que � esse som pesado, uma sonoridade mais barulhenta, ruidosa", conta Dworecki, que � baixista do combo dan�ante Bixiga 70 e tem um projeto com um pouco mais de peso, a banda Stromb�lica.

    Corte tem Alzira no vocal e baixo, Dworecki, entre o baixo e a guitarra, e mais tr�s integrantes: Fernando Thomaz (bateria) e dois m�sicos de sopro do Bixiga 70, Cuca Ferreira (sax e flauta) e Daniel Gralha (trompete). O baterista tamb�m toca na Stromb�lica.

    No show no Sesc, Priscila Brigante assume a bateria como convidada especial, porque Thomaz tem apresenta��o fora de S�o Paulo.

    Esse cruzamento de integrantes faz parte de uma cena cooperativa que une esses nomes a outros independentes, como Peri Pane, Gustavo Galo, Iara Renn� e Trupe Ch� de Boldo. "Uma fam�lia que existe e se ajuda", opina Alzira.

    O som da banda quase esbarra em rock pesado e jazz pouco comportado. "Acho que tem uma coisa de free jazz, de cagar para a harmonia, for�ar para soar ruim e ver o que d�", diz Cuca.

    "Eu j� tinha algumas m�sicas que n�o se encaixavam no meu repert�rio 'normal', ent�o peguei esses bichos e botei pra fora", conta Alzira.

    No disco, ela exibe um vocal mais gutural, grave. As letras, algumas da pr�pria cantora e outras de parceiros habituais como Tigan� Santana e arrudA, t�m um tanto de f�ria que escorre pelas faixas. Um inconformismo, uma proposta de nega��o que j� fica bem clara na m�sica que abre o �lbum, "Nada Disso".]

    Corte traz uma m�sica ainda em forma��o. Mas empolga, � raivosa, estranha, menos palat�vel do que o som ao redor. Programa para quem n�o busca conforto e mesmice. "N�o era nem o que estava ouvindo nem onde queria chegar. Falhei em todos os sentidos, ", brinca Dworecki.

    *

    CORTE
    QUANDO s�bado (21), �s 21h30
    ONDE Sesc Pompeia, r. Cl�lia, 93, tel. (11) 3871-7700
    QUANTO de R$ 6 a R$ 20

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