As vendas de "1984", de George Orwell, aumentaram quase 7.000% em apenas um dia na Amazon, a maior varejista on-line de livros do mundo.
O aumento se segue � revela��o, feita na �ltima quinta (6) pelos jornais "The Guardian" e "Washington Post", do gigantesco esquema de monitoramento de dados de telefone e internet realizado ilegalmente pelos servi�os de intelig�ncia dos Estados Unidos --tratado por analistas como uma vers�o real do Big Brother, o Grande Irm�o que tudo v� do livro de Orwell.
Esc�ndalo vira piada na internet com fotos e montagens de livros infantis
Na se��o "movers & shakers" do site, que d� a lista dos t�tulos que tiveram o maior aumento de vendas nas �ltimas 24 horas, o livro est� em quarto lugar, com alta de 6.888%. A obra, cuja primeira edi��o foi publicada em 8 de junho de 1949, saltou da 12.859� posi��o para a 184� no ranking de mais vendidos do site.
Uma outra edi��o, de 2003, que re�ne as duas obras mais famosas de Orwell ("1984" e "A Revolu��o dos Bichos") tamb�m entrou para o ranking, na 11� posi��o, com alta de 290% nas vendas.
| Toby Melville/Reuters | ||
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| Brit�nica posa para foto com exemplar de "1984", de George Orwell |
Em "1984", Orwell (1903-1950) cria um futuro dist�pico em que a sociedade � permanentemente vigiada e controlada pela figura do Grande Irm�o.
Na fic��o, a vida de cada pessoa � filmada 24 horas por dia, para monitoramento de qualquer a��o que possa significar risco ao governo totalit�rio.
No real e atual esquema para vigiar a vida alheia, o servi�o de intelig�ncia do governo americano tem acesso aos servidores das grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook.
H� seis anos, ag�ncias de seguran�a e espionagem dos EUA vasculham mensagens eletr�nicas, conversas na rede, arquivos, videoconfer�ncias, conex�es a computadores de civis --incluindo estrangeiros que n�o moram no pa�s-- al�m de rastrearem as liga��es telef�nicas internas.
O esquema foi revelado no �ltimo dia 6, em reportagens publicadas nos jornais "Washington Post" e "Guardian". Ap�s a revela��o, o presidente americano, Barack Obama, admitiu e defendeu o monitoramento de dados e telefonemas. A justificativa � o combate ao terrorismo.