• Equil�brio e Sa�de

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    Empresa brasileira lan�a exame de sangue que fica pronto em minutos

    GABRIEL ALVES
    DE S�O PAULO

    05/07/2017 02h00 - Atualizado �s 00h00
    Erramos: esse conte�do foi alterado

    Divulga��o
    Hilab, dispositivo que permite exame de sangue a dist�ncia
    Hilab, dispositivo que permite exame de sangue a dist�ncia

    Quando visitei pela primeira vez um laborat�rio de an�lises cl�nicas, observei uma biom�dica realizando um teste de gravidez.

    Ela colocava uma tira-reagente (algo parecido com uma cartolina do tamanho de um palito de f�sforo) em tubos com soro ou urina. O pr�ximo passo era esperar poucos minutos at� o resultado –uma listra que ficava ou n�o colorida, a depender da presen�a de um horm�nio no material– e anotar o resultado no computador. Simples assim, o exame estava pronto.

    Uma quest�o me veio: por que n�o fazer o teste no pr�prio local onde o sangue foi coletado? Se o laudo sai t�o r�pido, por que esperar horas ou dias at� o resultado?

    Sem fazer nenhuma revolu��o bioqu�mica, uma empresa do Paran� lan�ou na �ltima semana uma solu��o que caminha nessa dire��o.

    A principal arma da Hi Technologies � a telemedicina. O �nico equipamento usado para a realiza��o de exames fica na cl�nica, no hospital ou at� mesmo no consult�rio m�dico.

    Um enfermeiro ou t�cnico fura o dedo do paciente com o aux�lio de uma lanceta, pinga algumas gotas em uma c�psula (que cont�m uma fita-reagente) e o aparelho digitaliza a amostra e manda para a nuvem (rede de computadores ligados � internet).

    A empresa criou testes de dengue, gripe, zika, glicose, colesterol, entre outros.

    Em uma central, localizada em Curitiba, biom�dicos analisam a "vers�o digital" produzida pela m�quina e assinam digitalmente o laudo. O arquivo digital chega para o profissional de sa�de e para o paciente ap�s alguns minutos, via e-mail.

    O ganho de tempo permite que o m�dico inicie o tratamento o mais r�pido poss�vel, diz Marcus Figueredo, CEO e fundador da Hi Technologies.

    "Nosso objetivo � produzir testes baratos e compar�veis aos convencionais para competir nos setores p�blico e privado", diz. Outra meta � disponibilizar o teste em farm�cias.

    Hilab - exame de sangue

    MAU EXEMPLO

    Na pr�tica, a proposta � que a empresa funcione como um laborat�rio de an�lises cl�nicas, s� que "difuso", capilarizado, sem intermedi�rios.

    N�o � a primeira vez que algu�m no mundo tenta tirar vantagem da bilion�ria ind�stria de exames laboratoriais. Em 2014, uma das start-ups mais promissoras do mundo era a Theranos, dos EUA, que fornecia testes r�pidos que tamb�m necessitavam apenas de algumas gotas de sangue.

    Dois anos depois, veio a derrocada: a fundadora Elizabeth Holmes e a empresa foram punidas por graves defici�ncias na realiza��o dos testes, tendo emitido milhares de resultados incorretos. J� estava em curso at� uma pareceria com a gigantesca rede americana de farm�cias Walgreens.

    Para evitar o erro, o ideal � que os dados que mostram a replicabilidade dos resultados sejam publicados em artigos cient�ficos e divulgados para a comunidade, diz Alex Galoro, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Cl�nica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

    A opini�o � compartilhada pelo gestor m�dico da Cia da Consulta, Paulo Rozental.

    A cl�nica popular, localizada na S� (zona central de S�o Paulo), oferece os testes do Hilab em um programa piloto gratuito. Entre os dispon�veis na cl�nica no momento est�o os de gravidez e de dengue.

    A ado��o do modelo, diz Rozental, depender� tamb�m do controle de qualidade laboratorial e da equival�ncia aos exames convencionais.

    "J� h� testes r�pidos em prontos-socorros. A novidade no caso do Hilab n�o � a parte anal�tica em si, mas a proximidade do teste e do aparelho com a pessoa que vai realiz�-lo", diz Galoro.

    Figueredo afirma que j� tem todos os registros sanit�rios necess�rios para as atividades a serem desenvolvidas e que, em breve, publicar� estudos cient�ficos com os dados coletados.

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