A esta altura, os candidatos come�am a divulgar com mais intensidade suas plataformas de governo. Na semana passada, Dilma e Marina falaram sobre o tema empreendedorismo.

N�o vou reproduzir aqui o que cada uma disse, mas entendo que suas propostas deveriam estar direcionadas no sentido de construir um sistema nacional empreendedor forte e consistente, que consiga levar as empresas criadas no pa�s a outros patamares.

Os estudiosos da inova��o desenvolveram, no final dos anos 1980, o conceito de Sistema Nacional de Inova��o.

Tratava-se de um conjunto de institui��es (como governo, empresas, escolas e institutos de pesquisa.), planejadas ou n�o, que impulsiona o progresso tecnol�gico em economias capitalistas. N�s podemos adaptar tal conceito ao tema empreendedorismo.

Para termos um sistema nacional empreendedor forte, � necess�rio que os v�rios atores que formam tal sistema trabalhem de forma conjunta e articulada, permitindo uma m�tua aprendizagem entre tais atores.

� importante que �rg�os governamentais formuladores de pol�ticas p�blicas relativas ao empreendedorismo trabalhem junto com entidades privadas, como por exemplo empresas, associa��es de investidores anjos ou fundos de capital de risco, que por sua vez v�o interagir com universidades e escolas t�cnicas.

De fato, h� algumas iniciativas que est�o indo por essa linha, como por exemplo o programa Start-Up Brasil ou algumas incubadoras, mas ainda � muito pouco.

N�o � poss�vel que governo, universidade e iniciativa privada trabalhem de forma individual, cada um preocupado apenas com as quest�es que lhe dizem respeito.

Sem essa articula��o, o Brasil n�o conseguir� construir um sistema nacional empreendedor robusto, capaz de criar empresas inovadoras, com potencial de crescimento e internacionaliza��o.