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    Elio Gaspari

    � bom mostrar que as coisas n�o s�o sempre como parecem

    18/12/2016 02h00

    Com grandes empresas abaladas pela Lava Jato, � bom mostrar que as coisas n�o s�o sempre como parecem. Veja-se o caso de Paulo Cunha, presidente do conselho do grupo Ultra, a quarta maior empresa do Brasil.

    No primeiro governo de Lula ele foi chamado para a constru��o de uma refinaria no Estado do Rio. Apresentou um projeto com a estimativa de custo de US$ 3,5 bilh�es. A papelada rodou e voltou �s suas m�os com outra estimativa, de US$ 7 bilh�es.

    Cunha caiu fora. Posteriormente Lula e Jos� Dirceu, ent�o chefe da Casa Civil, ofereceram-lhe a lideran�a do projeto. Recusou na hora.

    Cunha ouviria que um servi�o de terraplenagem que valia R$ 300 milh�es fora contratado por R$ 600 milh�es e estava custando R$ 840 milh�es. (Uma terraplenagem do Comperj gerou uma propina de R$ 2,7 milh�es.)

    Ningu�m foi obrigado a meter a m�o na bolsa da Vi�va.

    TERCEIRIZADOS

    Terceirizar servi�os que devem ser feitos por servidores do Estado ou da empresa pode acabar em encrenca. O s�bio que vigiava os computadores do Partido Democrata, em Washington, trabalhava numa empresa de Chicago. Desprezou uma advert�ncia de um agente do FBI de que suas m�quinas estavam sendo invadidas pelos russos e deu no que deu.

    Edward Snowden, que varejou os computadores do governo americano, trabalhava na Booz Allen. Em outubro, outro funcion�rio da mesma empresa foi para a cadeia por capturar dados dos computadores da National Security Agency.

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    elio gaspari

    Nascido na It�lia, veio ainda crian�a para o Brasil, onde fez sua carreira jornal�stica. Recebeu o pr�mio de melhor ensaio da ABL em 2003 por 'As Ilus�es Armadas'. Escreve �s quartas-feiras e domingos.

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