Com menos de uma semana de programa, a 23ª edição do Big Brother Brasil já é fonte de debates e apresenta diferentes realidades e termos para o público. Exemplo disso são os relacionamentos abertos dos participantes Aline Wirley e Fred Nicácio e o número de integrantes LGBTQIA+. Enquanto Nicácio e Bruno são homens gays, Aline, Sarah, Bruna Griphao e Gabriel Santana se declaram bissexuais.
Bruna, inclusive, revelou sua orientação sexual em uma conversa com Santana, que se abriu sobre o assunto logo que se apresentou para os colegas de confinamento. Durante o bate-papo dos dois, na quarta-feira (18), a atriz usou o termo 'bissexualidade heteroafetiva', ou seja, sente atração por todos os gêneros, mas interesse afetivo apenas pelo sexo oposto.
O assunto repercutiu fora da casa mais vigiada do Brasil e, de acordo com o Google Trends, a busca pelo termo 'bissexual' aumentou 566% entre às 8h do dia 18 e 2h do dia 19. Do mesmo modo, a procura pelo termo 'heretoafetivo' teve um aumento repentino e saltou de 0 para 100 entre às 8h e às 19h da quarta (18).
Já o ator usou o termo 'birromântico' e explicou: "Eu sou birromântico. Eu me interesso romanticamente por homens e mulheres, mas por homens a atração sexual é muito rara. É muito mais por mulher". Independentemente das nuances relacionadas à bissexualidade, Gabriel integra o time de 4% dos homens brasileiros que se declaram bissexuais.
O dado é resultado da pesquisa encomendada pela GQ Brasil ao Instituto Ideia e divulgada em maio de 2022. No levantamento, 82% deles se declararam heterossexuais, 7% afirmaram ser homossexuais, 4% bissexuais, 1% outras orientações sexuais (como assexual ou pansexual), e 7% preferiram não responder.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ideia entre os dias 5 e 11 de abril de 2022 e foi feita por amostragem – ou seja, reflete o conjunto dos brasileiros, segundo o Censo de 2010 e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2021.
Também em maio de 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados coletados no primeiro levantamento sobre homossexuais e bissexuais no Brasil. Compilados em 2019, os dados mostraram um cenário diferente, sendo 1,8% da população adulta, maior de 18 anos, autodeclaradas homossexuais ou bissexuais no Brasil. Considerados apenas os homens, 0,5% declaram-se bissexuais.