Vida na Fazenda

Por Daniela Walzburiech — Florianópolis

Para quem gosta de encontros com música, boa comida, trajes típicos e dança, o mês de junho é o mais especial do ano. Isso porque, com ele, chegam também ao calendário brasileiro as festas juninas, eventos culturais tão celebrados quanto o Carnaval.

E em cada uma das cinco regiões as características são únicas, seja na gastronomia, nas vestimentas ou na escolha dos ritmos que embalam o povo.

Ao pensar na festa junina, é comum fazer a relação apenas ao São João. Mas você sabia que ele não é o único evento no sexto mês de 2024? Em alguns lugares, especialmente no Nordeste, são quase 30 dias de festejos. E eles já começaram!

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Como elas surgiram?

Hoje celebradas nos quatro cantos do país, essas festas são originárias do Continente Europeu e eram vinculadas, inicialmente, às comemorações pagãs para marcar o início das colheitas, de acordo com o Ministério do Turismo. No entanto, com o passar do tempo, passaram a ser associadas a três santos da Igreja Católica: Santo Antônio, São João e São Pedro.

Por fim, as tradições pagãs e a religiosidade se misturaram ao folclore quando as festas juninas chegaram ao Brasil, deixando-as populares e também caipiras.

Além do São João, evento mais conhecido e comemorado em 24 de junho, há mais dois na lista. A abertura é com Santo Antônio, no dia 13, e o encerramento fica por conta de São Pedro, no dia 29.

Reconhecimento

Em 26 de abril de 2023, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou a lei nº 14.555 que reconheceu as festas juninas como uma manifestação da cultura nacional. Na ocasião, o político destacou que elas são muito comemoradas pelos brasileiros e contribuem para o desenvolvimento da economia e do turismo.

Festa de Santo Antônio

A celebração acontece em 13 de junho, um dia depois do Dia dos Namorados. Conforme a crendice popular, quem deseja iniciar um relacionamento nos meses seguintes deve fazer simpatias e orações ao santo que tem a fama de ser casamenteiro para ter o pedido atendido.

Entre as tradições estão: tentar encontrar uma aliança em um pedaço de bolo distribuído nas igrejas e colocar o santo de cabeça para baixo dentro de um copo ou bacia com água até conseguir o objetivo.

As festas de Santo Antônio reúnem os apaixonados pelas festividades juninas e uma infinidade de quitutes, como pipoca, bolos, cocadas e canjica.

Festa de São João

Outro santo homenageado no mês de junho é João Batista, que era primo de Jesus. De acordo com a Universidade de Tiradentes, em Minas Gerais, o Dia de São João era celebrado pela Igreja Católica desde a Idade Média, principalmente em Portugal, o que justifica a forte influência no Brasil.

Ingredientes da cultura brasileira foram adicionados com o passar do tempo ao evento, como danças, roupas, comidas e músicas. E cada região comemora o dia 24 de junho de uma forma diferente. No Nordeste, por exemplo, o forró é dominante, enquanto o sertanejo se tornou mais comum no Sul e Sudeste.

Outro destaque é a gastronomia, que tem o milho cozido, a pamonha, os bolos, a paçoca, o pinhão, o quentão, as sopas, a canjica e o pé de moleque como personagens de destaque nas mesas.

Festa de São Pedro

Para encerrar o período junino, o dia 29 reserva homenagens a mais um santo da Igreja Católica: Pedro. Segundo a Bíblia, ele foi um dos 12 discípulos de Jesus e liderou os demais após a morte do filho de Deus. Além disso, reinou como o primeiro papa por 37 anos, período considerado o mais longevo da história.

De acordo com informações da Diocese de São João Del Rei, de Minas Gerais, São Pedro é venerado principalmente pelos nordestinos por causa das chuvas. É para ele que são destinadas as orações no período de seca.

Por ser também conhecido como padroeiro dos viúvos, é tradição em muitas localidades da região que viúvos e viúvas acendam fogueiras na data.

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