Sustentabilidade

Por Cleyton Vilarino — São Paulo

Uma das principais diferenças do alto índice de focos de incêndio no Pantanal este ano em relação a 2020, quando o fogo consumiu mais de 4,5 milhões de hectares do bioma, está na precocidade da estação seca e nas áreas afetadas. “Normalmente, o fogo ocorre a partir de agosto até outubro e novembro. Mas desde o final de maio e junho já tivemos várias ocorrências de grandes queimadas em grandes escalas”, diz o presidente do Instituto Homem Pantaneiro, coronel Angelo Rabelo.

Segundo ele, os quatro anos consecutivos de seca na região reduziram à metade as áreas inundadas do bioma, o que favorece a rápida propagação do fogo. “São vários pontos de incêndio que têm exigido um esforço muito acima da própria capacidade do Corpo de Bombeiros e do Prevfogo”.

De acordo com o coordenador da equipe do Pantanal do MapBiomas, Eduardo Rosa, as áreas de maior vulnerabilidade hoje são aquelas que ainda alagam, pois são onde há maior quantidade de vegetação suscetível ao fogo.

“Essas áreas eram permanentemente alagadas e hoje estão secas, sobretudo no entorno do rio Paraguai, onde há biomassa para queimar. Essa é a preocupação hoje, porque são áreas de floresta, que não estão tão adaptadas ao fogo quanto as áreas campestres”.

Outro ponto de preocupação está na perda da biodiversidade presente nessas áreas, onde há maior concentração da fauna local, e do próprio solo, o que reduz a capacidade do bioma de se recuperar a cada incêndio.

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