Cotações

Por Paulo Santos e Fernanda Pressinott — São Paulo

O preço da soja cedeu na bolsa de Chicago mesmo com uma piora na qualidade das lavouras semeadas nos Estados Unidos. Os contratos da oleaginosa com vencimento para julho fecharam em baixa de 1,02% nesta terça-feira (25/6), para US$ 11,6325 o bushel.

Nos EUA, onde o plantio de soja chegou a 97% da área esperada para 2024/25, 67% das plantas estão em boas e excelentes condições. Esse percentual é inferior aos 70% registrados na semana passada.

“O mercado não se atentou com a qualidade das lavouras, pois um índice acima de 60% é considerado bom. Além disso, como o percentual de lavouras emergidas está avançado, em 90%, não existe preocupação, pois se vier uma chuva pela frente será um cenário ideal para as lavouras”, afirma Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural.

Ele também creditou a baixa desta terça às perspectivas com o novo relatório sobre estoques e área plantada de soja nos EUA, que será divulgado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) na sexta-feira (28).

Segundo analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”, o USDA deverá indicar uma área de 35,15 milhões de hectares para a soja, na comparação com 33,83 milhões no ciclo passado. Em março, ocasião do último relatório de área do departamento, a indicação era de 35,01 milhões de hectares.

No quesito estoques em 1º de junho, a aposta dos analistas é para um número de 26,05 milhões de toneladas, inferior as 21,66 milhões de toneladas em 1º de junho de 2023. Em março, os estoques de soja somavam 50,21 milhões.

O Milho também se desvalorizou em Chicago, a despeito de uma piora na qualidade das lavouras americanas. Os lotes para julho fecharam em queda de 1,85%, para US$ 4,2550 o bushel.

Na segunda, o Departamento de Agricultura dos EUA disse que 69% das lavouras do país estão em boas condições. Na semana passada, o índice era 72%.

Esse número não refletiu em cotações mais altas, pois 97% do total semeado já está emergido, justifica Ronaldo Fernandes, da Royal Rural.

Ainda segundo ele, agentes estão antecipando um possível aumento nos estoques dos EUA. A posição de estoques em 1º de junho deve ser de 123,63 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, o volume chegou a 104,22 milhões de toneladas. Em março, o USDA indicou 212,03 milhões de toneladas de milho.

Fernandes acrescenta que o clima continuará sendo decisivo para o rumo das cotações dos grãos em Chicago. "As previsões indicam temperaturas altas em julho, após um mês de junho com poucas chuvas. Isso é péssimo para o milho, mas ainda não entrou na conta do mercado", destaca.

A colheita de trigo nos EUA segue em ritmo acelerado, causando uma pressão de baixa para as cotações em Chicago. Os lotes para julho fecharam em baixa de 1,95%, para US$ 5,4175 o bushel.

Dados do USDA mostram que a colheita de trigo de inverno no país chegou a 40% da área até o último domingo, versus 21% no ano passado e 25% da média dos últimos cinco anos. Além disso, diferente da soja e do milho, a qualidade das lavouras melhorou. Do total semeado, 52% estão em boas condições. Sete dias antes, o número era de 49%.

As indicações de aumento na área plantada nos EUA completam o quadro de baixa para o cereal. Analistas preveem que o USDA vai indicar uma área de plantio no país de 19,25 milhões de hectares, em comparação com 20 milhões de hectares no ciclo passado e 19,22 milhões em março.

Em relação aos estoques, os analistas esperam um volume de 18,56 milhões de toneladas em 1º de junho de 2024, acima das 15,51 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2023 e 29,58 milhões de toneladas em março.

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