Crédito e Investimento

Por Bradesco

Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro enfrentou diversos desafios, passou por mudanças e evoluiu com a introdução de tecnologia e o aumento da qualificação de profissionais tanto na lavoura quanto nas empresas. Combinados, todos esses movimentos contribuíram para que o setor avançasse e passasse a representar 27,4% do PIB brasileiro, de acordo com dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Com maquinário de ponta, o uso de dados e defensivos mais eficientes, os produtores puderam produzir mais sem aumento expressivo da área. Para se ter ideia, a produção nacional de grãos era da ordem de 123 milhões de toneladas na safra 2002/2003, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse patamar representa menos da metade dos 322,4 milhões de toneladas colhidas no ano passado. No período, a produção de soja, maior cultura do país, saiu de 55 milhões para 154,6 milhões de toneladas por ano. Da mesma forma, a do milho mais do que dobrou a quantidade colhida, para 131,8 milhões de toneladas. Sem falar nos desempenhos da pecuária, do café ou de frutas e pescados.

Com uma produção maior, foi preciso, também, elevar os recursos do crédito rural no Plano Safra, garantindo investimentos no campo e proteção às propriedades rurais. Em 2023, o total destinado pelo governo no Plano Safra alcançou R$ 364,2 bilhões, cerca de 1.000% do patamar de 20 anos atrás (R$ 32,6 bilhões). Assim, o crédito para o campo também cresceu em instituições privadas, a exemplo do Bradesco, que pretende encerrar a safra com R$ 120 bilhões concedidos para o agronegócio. “Para este ano, conquistamos números recordes na captação dos negócios, dobramos o volume captado em relação à temporada 22/23, e o nosso objetivo é continuar tracionado para que as conversões sejam no maior volume possível”, afirma o diretor de Agronegócio do Bradesco, Roberto França.

Aos poucos, o Brasil se transformou em um dos maiores polos alimentícios do mundo. Dessa forma, as exportações evoluíram de maneira expressiva. Em 2002, as exportações nacionais de produtos agrícolas ficaram em US$ 24,8 bilhões. Passados 20 anos, a receita total com os embarques a outros países foi de US$ 159 bilhões. No ano passado, os principais destaques foram o complexo soja (US$ 60 bilhões), carnes (US$ 25,6 bilhões), produtos florestais (US$ 16,4 bilhões), cereais e farinhas (US$ 14,3 bilhões) e o complexo sucroalcooleiro (US$ 12,7 bilhões). A maioria (31,9%) dos embarques foi para a China, vindo atrás a União Europeia (16,1%) e os Estados Unidos (6,6%).

Quando se trata da busca por novos colaboradores, houve uma mudança, também, no perfil de novas contratações realizadas no setor. Um levantamento do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) mostra que, no segundo trimestre de 2023, o segmento agrícola chegou ao maior número de pessoas ocupadas em vagas informais, 5,7 milhões, e emprega, hoje, o total de 13,78 milhões de profissionais. Ainda, enquanto os empregos formais no mercado brasileiro total avançaram 6,7%, da porteira para dentro essas vagas cresceram 17,6%. Além disso, a informalidade na economia nacional teve alta de 12,4%, ao passo que no agro os informais caíram 16,2%.

Ou seja, é mais modernidade, alimentos importantes e geração de renda para os brasileiros.

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