TIMES

Por Felipe Siqueira e Paula Carvalho — Rio de Janeiro


O Fluminense emprestou o goleiro Rodolfo ao Oeste até o fim do Campeonato Paulista. A informação foi dada inicialmente pelo NetFlu e confirmada pelo ge. Após cumprir suspensão por doping, o atleta de 29 anos foi liberado para voltar aos gramados há pouco mais de um mês e, no fim de janeiro, foi reintegrado ao elenco tricolor.

- Ele ficou muito tempo parado. Entendemos de dar oportunidade a ele de ser emprestado para o estadual paulista para ele poder trabalhar lá, jogar lá, coisa que não aconteceria aqui, e depois voltar para avaliarmos - explicou Paulo Angioni, diretor executivo de futebol do Fluminense.

Rodolfo tem contrato com o Fluminense até 31 de dezembro de 2021. Para a posição, o Tricolor conta com Marcos Felipe, Muriel, João Lopes e Pedro Rangel. O jogador conhece bem o Oeste. Ele pertencia ao clube paulista antes de assinar com o time carioca em 2018.

Rodolfo em treino do Fluminense — Foto: Lucas Merçon/Fluminense

Depois de 1 ano, 7 meses e 20 dias de suspensão, o goleiro teve um recurso aceito pela Comissão Disciplinar da Conmebol, que voltou a reduzir a pena e liberou o jogador com base nas novas determinações da Agência Mundial Antidoping (WADA) para 2021. Desde 2018 no Fluminense, Rodolfo tem 34 jogos com a camisa tricolor.

Relembre o caso

Em 2019, Rodolfo testou positivo para a substância benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína e proibida no regulamento de doping. Ela tem impacto no sistema cardiovascular, com o aumento da frequência cardíaca, e também provoca um incremento das secreções salivar, gástrica e pancreática, além de intensa sudorese. No corpo de um atleta, isso é capaz de aumentar o desempenho físico.

Pelo mesmo motivo, o goleiro já havia caído no antidoping em 2012, quando jogava pelo Athletico-PR, e ficou dois anos suspenso. Ao chegar no Fluminense em 2018, Rodolfo reconheceu que era dependente químico, mas que estava livre das drogas desde 2014. A reincidência no doping aconteceu no dia 23 de maio de 2019, depois da vitória por 4 a 1 sobre o Atlético Nacional, da Colômbia, pela Copa Sul-Americana. Na época, pegou gancho de três anos.

Rodolfo em treino do Fluminense — Foto: Mailson Santana/Fluminense

Em maio do ano passado, a defesa de Rodolfo entrou com recurso na câmara de apelação da Conmebol e conseguiu a redução da pena em um ano, liberando o jogador para treinos e jogos a partir de 23 de março de 2021. Além disso, a decisão revogou a multa de US$ 20 mil e anulou a obrigação de se submeter a controles mensais de dopagem.

Em agosto de 2020, Rodolfo também moveu recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). O julgamento aconteceu em dezembro e manteve a decisão da Conmebol. A história mudou com as novas regras da WADA, que começaram a valer desde 1 de janeiro e alteraram a categoria da benzoilecgonina, que passou a ser considerada uma "substância aditiva", de menor gravidade.

Agora, em casos de doping por "substâncias aditivas", como cocaína e maconha, por exemplo, se o jogador puder demonstrar que a ingestão ou o uso aconteceu fora da competição e não teve relação com o rendimento desportivo, a pena passa a ser de apenas três meses – podendo cair para apenas 30 dias se o atleta se submeter a um programa de tratamento de substâncias aditivas aprovado pela Fifa.

O podcast ge Fluminense está disponível nas seguintes plataformas:

Veja também

Mais do ge