Clube e jogador conversam sobre o reencontro, que não está acertado. Até porque o defensor tem contrato até o fim de dezembro com o Aldosivi, da primeira divisão da Argentina. Se decidir pela volta ao Brasil, o defensor terá que negociar também para se liberar do atual contrato.

Carli deixou o Botafogo em 4 de junho de 2020, quando a diretoria da época anunciou a dispensa do zagueiro. A justificativa foi o alto custo para manter o atleta, que tinha um dos maiores salários do elenco. A economia projetada era de cerca de R$ 9 milhões.

A ideia era conseguir uma rescisão amigável, o que não aconteceu e levou o argentino a buscar os próprios direitos na Justiça. O jogador não queria deixar o Rio de Janeiro, reclamou de falta de diálogo e ficou na bronca com os dirigentes anteriores. Ele saiu com salários atrasados e uma renovação automática de contrato não cumprida.

O movimento deu mais um passivo considerável para a atual diretoria, que assumiu em janeiro. Agora, a gestão Durcesio Mello tenta diminuir a dívida e, se possível, também reforçar o elenco para a disputa da Série B. Isso porque o clube espera receber propostas por Kanu e Marcelo Benevenuto, que foram os titulares em quase toda a temporada.

Se a negociação der certo, Carli pode retomar a trajetória que começou em 2016 e o colocou como herói de título e um dos ídolos do Botafogo. O zagueiro tem 154 jogos e seis gols com a camisa da estrela solitária. Na Argentina, que tem a temporada bagunçada pelo coronavírus, o defensor fez apenas duas partidas.