A mochila de hidratação foi criada por Roger Fawcett, nos anos 80. Fawcett morava em uma região muito quente, no oeste do estado do Texas (Estados Unidos), e andava de bicicleta quando criança. Carregava um cantil com pouca água que, inevitavelmente, ficava quente. A partir disso, teve a ideia de desenvolver uma mochila com um tecido especial, impermeável e térmico. Após alguns testes, conseguiu criar um produto que inicialmente foi adotado pelos ciclistas e depois migrou para outras modalidades, como corrida de rua, de aventura, trekking e também trilhas de moto. As mochilas de hidratação podem ser encontrados em lojas de produtos esportivos, com preços que variam de R$ 44,90 a R$ 486,90.

Mochila de hidratação é recomendada para provas de longa duração (Foto: Reprodução)

Geralmente, as mochilas são utilizadas em provas longas para a pessoa não desidratar. Não há necessidade de usá-la em corridas curtas. Ela é usada nas costas como uma mochila normal. A diferença é que, nela, é acoplado um compartimento de água que pode armazenar de um a 12 litros (a capacidade varia conforme o modelo), e tem uma pequena mangueira com uma "torneira" por onde o líquido é consumido.

Quando for comprar uma mochila de hidratação, deve-se levar em conta alguns fatores: o esporte a ser praticado, a quantidade de carga a ser levada na mochila, o modelo que melhor se adequa à coluna e o tamanho do reservatório de água necessário. Algumas podem machucar e causar dor nas costas.

Mochila de Hidratação (Foto: Reprodução)

"Eu indico para treinos mais longos, como por exemplo um de 16km. O cara pode ficar sem água e a mochila serve para ele. É um equipamento mais usado para uma corrida de aventura, montanha, trilha e mountain bike. Não vejo muito em corridas de rua curtas. A mochila é normal, como qualquer outra, só que tem o recipiente de água. Nunca ouvi reclamação de dor de ninguém, a não ser que a pessoa leve mais coisas pesadas na mochila. Se levar apenas o liquido, ela fica bem confortável". Christiano Marques é treinador de corrida da Metodologia DPace, diretor técnico e treinador da Markes Running+

 "Na minha concepção, só tem benefícios. Antes, quando eu corria com apenas uma garrafa de água, acabava rápido; agora, posso prolongar os meus longões sem a necessidade de ficar parando muitas vezes para encher a garrafinha ou comprar. A mochila tem capacidade de dois litros, é bem melhor. Nunca senti dores na coluna e tem bolso extra nela, posso também levar documentos, dinheiro, chave, barra de cereal e aminoácidos". Jorge Cerqueira (Rio de Janeiro, RJ)

"Usei duas vezes em treinos longos. Nesses dias, fui conhecer novos lugares para correr e precisava tomar água, mas não tinha nenhum local próximo para comprar. Após as corridas, fiquei com muitas dores nas costas e no trapézio. Carreguei só uma barra de chocolate, dois torrones e os documentos. A mochila não era minha, era de um amigo que me passou porque sentiu dores nas costas durante a prova, foram 50km de sofrimento. Eu jurei nunca mais correr com ela". Jefferson Moura (São Paulo, SP)