Beauty Talks
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Por Isabella Marinelli (@isabellamarinelli)

Dos 23 anos da atriz, duas décadas são de carreira. É difícil quem não se lembre da garotinha que estrelou novelas e cresceu pelos corredores dos estúdios Globo. À Glamour, falou pela primeira vez sobre das violências que sofreu e revela que, depois do turbilhão, decidiu denunciar o estupro. "Sabia que essa entrevista precisaria ser dada em algum momento. Me sinto forte para falar, só desta vez." Em um papo sincero, também dividiu detalhes do momento de carreira atual e de como lida com o modo com que o público a enxerga. Leia um trecho a seguir.

Você falou tem o desejo de viver uma carreira longeva. Quais sonhos ainda quer realizar na arte?
Sinto que mal comecei, sendo muito honesta. De imediato, queria fazer a Maria de Fátima no remake de Vale Tudo. Vou deixar no ar! Sinto que ela é uma personagem desafiadora. E quero descobrir até onde sou capaz de ir, até onde posso convencer o público. Quero muito fazer uma vilã, e uma mocinha também. Sinto vontade de voltar às novelas, que é uma linguagem em que você cria junto com o público. Também amo o formato de série. Tenho meu podcast, que amo de paixão, um novo momento de comunicação com meus colegas de profissão e com pessoas que admiro. Vou dar o meu melhor e estudar o máximo para isso.

Você se sente desafiada, como atriz, a ser vista como adulta?
O desafio não é meu. Acho que cabe ao público entender que a gente cresceu. Eu cresci, a Larissa Manoela cresceu e a Maísa também. Justamente por termos a aparência mais jovem e nossos papéis infantis ainda viverem no imaginário popular, sinto que tivemos possibilidades esgotadas antes mesmo de envelhecermos. É um processo, entendo e respeito.

Klara Castanho é a capa de fevereiro da Glamour — Foto: Isadora Arruda/Glamour. Klara usa blazer, Jacquemus na NK Store; calça, Raquel de Carvalho. Sapatilha, Schutz.
Klara Castanho é a capa de fevereiro da Glamour — Foto: Isadora Arruda/Glamour. Klara usa blazer, Jacquemus na NK Store; calça, Raquel de Carvalho. Sapatilha, Schutz.

Crescer em frente às câmeras mexeu com a sua autoestima?
Muito! Quando você é uma pessoa pública, tudo se potencializa, porque você vira um ponto de apoio. As pessoas projetam em você o que elas querem ter e ser. Eu tinha muitas questões de autoimagem. Tive uma adolescência conturbada internamente porque não gostava do que via no espelho e não me conformava com isso, já que, em tese, sou padrão desde o dia que nasci. Eu me achava feia e tinha muitas observações que não podia externalizar. Com o passar dos anos, a gente aprende a gostar do que está ali. De uma forma ou de outra, você se entende.

Klara Castanho é a capa de fevereiro da Glamour — Foto: Isadora Arruda/Glamour
Klara Castanho é a capa de fevereiro da Glamour — Foto: Isadora Arruda/Glamour

Dos seus 23 anos de idade, tem mais de duas décadas de carreira. Algum trabalho te marcou mais até aqui?
Tenho um lugar especial para a Ângela, que é a mais recente, personagem de Bom Dia, Verônica. Era uma história muito intensa e diárias de gravações longas. Ela me testou como atriz, desafiou os meus limites em cena. Sou muito apaixonada por ela. Não é a melhor, porque seria injusto dizer isso, mas marca uma grande virada para mim por ser a primeira personagem mais madura e densa que tive.

Onde te veremos em 2024?
No dia 14 de fevereiro, estreou a última temporada de Bom Dia, Verônica. Volto também com uma nova temporada do meu podcast e com De Volta aos 15 (Netflix) Há outros projetos saindo do papel, será um ano bastante movimentado.

Klara Castanho é capa da Glamour de fevereiro — Foto: Isadora Arruda/ Glamour
Klara Castanho é capa da Glamour de fevereiro — Foto: Isadora Arruda/ Glamour
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