Foram 30 jogos ao ano, com oito vitórias, seis empates e 16 derrotas - aproveitamento de 33%. Só na Série D, a equipe perdeu dez jogos, sofreu 47 gols e marcou três gols - pior ataque e defesa. O time ficou marcado na competição por goleadas para Iporá-GO (8 a 1), Ceilândia-DF (4 a 0), Anapólis-GO (7 a 0), Operário VG-MT (6 a 0) e Brasiliense (10 a 0). Na temporada toda, o time marcou 35 gols e sofreu 61.

Após ter sido vice-campeão estadual em 2022, a diretoria resolveu renunciar em maio. O presidente à época, Werberson Tita, disse que a saída seria por causa de “questões pessoais”. Renato Godinho assumiu o cargo após eleição em chapa única. A nova diretoria enfrentou dificuldades na temporada seguinte, sem dinheiro e com dificuldades para buscar patrocínio. Os problemas refletiram em campo, e na estreia da competição, a equipe foi a campo com todos os atletas irregulares. A irregularidade levou o time ao Tribunal de Justiça Desportiva do Tocantins (TJD-TO), resultado: multa e menos três pontos na tabela.

Atraso salarial e o fraco desempenho em campo, culminaram na saída do treinador Uidemar Pessoa. O clube agiu rápido e buscou Nei César, que não evitou a queda. Foram sete jogos na Primeira Divisão, com duas vitórias (uma por WO), um empate e quarto derrotas. A equipe acabou rebaixada para Segunda Divisão. Em meio ao estadual, o Tigre disputou a 1ª fase da Copa Verde, mas acabou eliminado pelo Luverdense-MT, por 2 a 1.

Desde 2013, a equipe sempre chegou, pelo menos, na semifinal do Campeonato Tocantinense, sendo campeão em 2013, 2014 e 2017, e vice-campeão em 2015 e 2022. Mas 2023 foi bem diferente das últimas temporadas.

Após o rebaixamento e a eliminação na 1ª fase da Copa Verde, a equipe dispensou todo o elenco e o técnico Nei César, e resolveu apostar em uma parceria com um grupo de empresários de fora do Tocantins. A parceria desconhecida rendeu desconfiança. Em campo, o time acumulou derrotas por goleadas. As goeladas para Iporá-GO (8 a 1), Ceilândia-DF (4 a 0), Anapólis-GO (7 a 0), Operário VG-MT (6 a 0) e Brasiliense (10 a 0), levantaram suspeitas de manipulação. A diretoria chegou a fazer um Boletim de Ocorrência - ainda sem desfecho. A goleada, por 10 a 0, para o Brasiliense passou a ser a maior da história de todas as divisões do Brasileiro.

A goleada superou a marca histórica defendida pelo Corinthians em cima do Tiradentes-PI, pelo Brasileirão de 1983. Na ocasião, o Timão fez 10 a 1.

O time se despediu da primeira fase na penúltima colocação do Grupo 5, com seis pontos - uma vitória, três empates e dez derrotas (aproveitamento de 14%). A defesa sofreu 47 gols e o ataque marcou três. Ao fim da 1ª fase, a diretoria despachou a parceria.

Após a campanha vergonhosa na Série D, o clube despachou a parceria e montou um novo time para a disputa da Segunda Divisão. E Nei César estava de volta ao time. Com um grupo liderado pelo meia Bruno Moraes, o Interporto se classificou com a melhor campanha geral - foram cinco vitórias e um empate (24 gols marcados e três sofridos).

Na fase seguinte, a equipe encarou o Araguaína. Foram dois jogos, e o Araguaína superou o Tigre com uma vitória e um empate (3 a 2 no agregado). Com isso, o Interporto vai disputar, novamente, a Segunda Divisão na temporada seguinte.