Operário-PR 1 x 0 Santos | Melhores Momentos | 10ª Rodada | Série B 2024
O Santos tem tropeçado nas próprias pernas e aumentado a própria crise numa sequência inacreditável de derrotas na Série B do Brasileirão: são quatro em sequência, com muitos erros básicos para jogadores veteranos como os do elenco alvinegro.
O revés mais recente foi nesta sexta-feira, contra o Operário, por 1 a 0, em Ponta Grossa, no Paraná: a quarta derrota consecutiva na segunda divisão e a quinta no total. O Peixe despencou na tabela e pode terminar a rodada em décimo lugar. Cenário complexo, que exige atitudes duras.
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O time parece estar em outra rotação em relação aos rivais: sobram erros e falta intensidade, como foi no péssimo primeiro tempo em Ponta Grossa. No total, foram 86 passes incompletos da equipe na partida, um assustador número de falhas em lances simples.
O mesmo elenco vice-campeão paulista parece ainda não ter percebido que enquanto tropeça nas próprias pernas, todos os rivais o enfrentam como se estivessem em final de campeonato. A vibração dos jogadores do Operário após o gol anulado de Julio Furch no minuto final diz muito.
Operário-PR x Santos — Foto: João Vitor Rezende Borba/AGIF
Carille em pauta
O Santos se enrolou numa sequência de derrotas e pareceu postergar sempre para o próximo jogo uma reação. Oscilando entre momentos ruins e momentos péssimos, o time empilhou chances perdidas e erros técnicos que custaram 12 pontos em sequência.
Quanto mais treina, menos o Santos apresenta em campo. A falta de mudança comportamental e anímica, inclusive, fazem com que o trabalho do técnico Fábio Carille esteja em xeque. O próximo jogo, contra o Goiás, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada, é determinante para seu futuro.
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Conta o Operário, Carille errou na escalação inicial do Santos: colocou Hayner inexplicavelmente na ponta esquerda da equipe. O lateral, sem o menor cacoete para ser atacante, encontrou sérias dificuldades em avançar pelo setor e foi sacado no intervalo. Otero não vive seu melhor momento na Série B, mas, nem de longe, tem menos recursos do que Hayner para perder a vaga dessa forma.
O treinador também insistiu em manter Willian Bigode no comando do ataque: Morelos nem sequer foi relacionado, e Julio Furch tinha condições apenas de atuar por 30 minutos. O problema é que Bigode já deu provas concretas de que não se adaptou na função. Mais valia uma mudança tática do que teimar.
Luz no fim de túnel?
A luz no fim do túnel, fraca neste momento, passa por dois fatores: o reencontro com a Vila Belmiro e as mudanças feitas pelo técnico na etapa final. Guilherme e Julio Furch estão recuperados de suas lesões e podem já estar no time titular no próximo jogo.
Gol anulado de Furch em Operário x Santos — Foto: Giovani Baccin/AGIF
Guilherme é vital não só para dar profundidade ao time, mas também para ajustar o sistema de recomposição da equipe. Já Furch, com larga distância, é o centroavante mais inteligente e tático do elenco. Ele chegou a marcar o gol de empate, mas teve o lance invalidado por impedimento.
Tê-los de volta, os atacantes e o estádio, pode dar sobrevida a Carille no clube. Mas urge ao técnico fazer com que seus comandados reajam na Série B.
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