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Por Redação do ge — São Paulo


Carille lamenta quarta derrota seguida do Santos: "Momento de sabedoria"

Carille lamenta quarta derrota seguida do Santos: "Momento de sabedoria"

A crise aumentou no Santos após a derrota para o Operário-PR por 1 a 0, nesta sexta-feira, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Esta foi o quinto revés do Peixe na competição - o quarto consecutivo.

Apesar do resultado, o técnico Fábio Carille disse que o Santos merecia uma melhor sorte contra o Operário-PR. Para ele, o time fez um bom segundo tempo e poderia, ao menos, ter saído de campo com um empate. Ele ainda relembrou outros resultados, como a derrota para o Botafogo-SP.

– Nesses quatro jogos tiveram situações que merecíamos uma sorte maior, uma definição melhor. Por exemplo, o jogo contra o Botafogo-SP. Nós criamos muitas chances, mas muitas. O adversário chegou pouco, acertou dois chutes e fomos derrotados. Isso não é desculpa, mas aconteceu. Hoje acho que merecíamos uma sorte melhor pelo final do jogo, pelo nosso segundo tempo onde o Brazão praticamente não trabalhou. A gente jogando, errando, mas tentando.

– No final, com as características de Guilherme e de Furch dentro da área. É um estilo de jogo que eu gosto, de um atacante pivô que tem altura, que tem a primeira bola, incomoda na bola aérea. Fomos para a pressão organizada. Tiramos um volante que estava com cartão e colocamos o Serginho, outro meia para ajudar na articulação. Mas, infelizmente, não conseguimos fazer o gol – disse o técnico.

Fábio Carille em Operário x Santos — Foto: João Vitor Rezende Borba/AGIF

O treinador do Peixe também falou sobre a pressão após a sequência negativa, que tirou o Santos no G-4 da Série B. Durante a semana, membros de torcidas organizadas do clube estiveram no CT Rei Pelé para cobrar uma reação por parte de jogadores, comissão técnica e diretoria.

– Futebol é resultado. Sabemos disso. Temos uma diretoria que está muito próxima e acompanha tudo que eu faço, meu dia a dia, o que a gente passa e faz. Eles são muito presentes, isso é muito importante. Mas a gente sabe que o futebol é resultado.

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Confira outros trechos da entrevista coletiva do técnico Fábio Carille:

O que tem acontecido para o trabalho não apresentar resultados?

– Trabalho segue a mesma linha. Perdemos jogadores importantes do nosso setor ofensivo. Trouxemos jogadores que não eram nem para estar aqui, para falar a verdade, pelo tempo ausente. No caso do Furch e do Guilherme. Vieram pela necessidade do jogo. Tomamos o gol de bola parada. Sabemos que bola parada define. Não consegue desviar. Depois não sei o que aconteceu lá, não consegui ter uma visão muito legal. Nos perdemos um pouco no primeiro tempo. Não sei se bateu nervosismo. Poderíamos trocar passe com mais qualidade e não conseguimos. O segundo tempo fomos para o abafa, a bola passou muito pela área do adversário. Com o Gil, Furch, Serginho chutando, Joaquim na trave. Buscamos a pressão com a característica dos nossos jogadores, mas infelizmente não conseguimos fazer o gol para, pelo menos, sair com um ponto daqui.

Quais lições o Santos leva para a próxima partida?

– Time lutou até o final. Isso ninguém pode reclamar. Tentamos buscar o empate. Se conseguíssemos empatar antes, iríamos buscar a vitória. Jogamos no campo do adversário. Claro que demos a chance do contra-ataque para eles porque você está em cima para buscar o empate. É ter sabedoria nesse momento. Mostrar o que a gente errou, mas também as coisas que fizemos de bom para ganhar confiança e procurar, dentro de casa, reverter essa situação.

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Hayner escolhido para atuar como ponta

– A ideia do Hayner é que a gente desse profundidade. Essa posição não é uma novidade para ele. Ele já jogou no Atlético-GO, no Coritiba, em vários times assim, nessa linha da frente. Não é nada de novidade para ele. Para que a gente tivesse mais profundidade. O Otero é um cara que gosta de receber a bola no pé e não dá profundidade. Essa foi a ideia. Ali, depois, estava muito longe. Não sei qual a leitura que ele teve para ficar impedido nos lances. Depois vamos analisar isso.

– Acho que o nosso meio de campo a bola está circulando muito bem. Falta uma definição melhor quando a bola chega do lado. Estudamos o time do Operário-PR e sabíamos que o jogo era pelos lados. O Pedrinho, talvez, por uma falta de ritmo de jogo tomou decisões que poderiam ser melhores no primeiro tempo. A bola chegou nele para que ele fizesse as jogadas e não terminou bem. Pra mim tenho claro que isso é ritmo de jogo. Jogador ficou um mês parado e voltou no último jogo. Estamos acelerando o processo desses jogadores para que eles possam nos ajudar o quanto antes.

Armadilhas que o Santos encontrou na Série B

– A gente perdeu alguns jogadores importantes. Por exemplo, contra o Amazonas não tivemos o Gil com dor na coxa. Depois vem Guilherme, Furch, Pedrinho. João Schmidt ficou alguns jogos fora por conta do tornozelo, em algumas dessas derrotas também. É o momento de ter sabedoria. Momento de saber o que a gente já fez, o que pode fazer, ir para campo e passar toda a confiança para os atletas para que eles possam entrar dentro de campo e fazer o melhor.

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