A nova administração assumiu em novembro de 2023 e todas as movimentações em campo, e fora dele, foram acompanhadas pelos badalados dirigentes, mesmo que à distância, segundo o diretor executivo do AMA, Klisley Teixeira.

– Eles são os responsáveis pela SAF, só que eles são liderados pelo João Celso de Moraes, que é o presidente da SAF. Eles ficam distantes, mas eles ficam sabendo de tudo que está acontecendo e sobre os próximos passos do clube – afirmou.

A gestão apostou em investimentos inicias na infraestrutura do clube, atrelados ao departamento de futebol. Foram gastos cerca de R$ 2 milhões em reformas no estádio, alojamento, pintura, instalação de placas de energia solar e climatização, por exemplo.

No entanto, em campo, com um elenco jovem e sem medalhões, os resultados não apareceram. O Azulão terminou a Série A2 na vice-lanterna com 11 pontos em um desempenho de duas vitórias, cinco empates e oito derrotas, sendo rebaixado com duas rodadas de antecedência.

– O rebaixamento é sempre ruim, mas o nosso projeto é em longo prazo. Acho importante ressaltar isso, porque é algo que eu falo para a nossa torcida e os patrocinadores. Eu vim representando a SAF, a gente chegou com o objetivo de subir para a primeira divisão. Fizemos um investimento muito alto dentro do clube, na parte estrutural e até os atletas, mas infelizmente a gente não correspondeu dentro de campo – afirmou o diretor, que também confirmou a saída de alguns patrocinadores.

- O rebaixamento influenciou um pouco na questão de patrocinadores. Alguns entendem e outros não, mas os principais continuam conosco. Isso que importa. Influencia [o rebaixamento], mas nada que atrapalhe a continuação do projeto.

Desde a queda para a Série A3, o clube começou a se movimentar para o segundo semestre, quando disputará a Copa Paulista, competição que dá aos finalistas vagas para Série D do Campeonato Brasileiro e para a Copa do Brasil. O campeão escolhe o que quer disputar no ano seguinte e o vice fica com o que sobrar.

Apesar de admitir que o investimento no elenco será menor que na Série A2, Klisley Teixeira afirma que o Monte Azul mira estar no cenário nacional pela primeira vez na sua história já em 2025.

– O projeto continua, motivado ainda. A gente tem experiência em outros clubes e sabemos que não é fácil. Continuamos iguais, até porque o investimento na Copa Paulista vai ser um pouco menor, mas vai ser um investimento bom, interessante entre os clubes, porque a gente acredita no longo prazo, que é conquistar uma vaga na Série D do ano que vem. A motivação continua a mesma, nada mudou depois do descenso – explicou.

Mesmo com a ambição de ser finalista, o diretor também reconhece a importância de usar a competição como laboratório para a Série A3, com a permanência de dez a 12 jogadores para o campeonato.

- Vamos voltar para a A2 e conseguir um acesso futuro para a A1, e colocar o Monte Azul na Série D e, possivelmente, Série C.

Para a Copa Paulista, o Azulão confirmou, até o momento, 13 atletas. Entre eles estão o zagueiro Lucas Cezane, emprestado do Velo Cube, campeão da Série A2, o meia Léo Gonçalves, emprestado do Criciúma, e um reforço internacional: o zagueiro nigeriano Samuel Oti, que estava no Paranavaí-PR.

Outro atleta de destaque que integra o plantel do Monte Azul é o zagueiro Gustavo Brandão, artilheiro da Série A4 com nove gols. Ele conquistou acesso e título com Rio Branco-SP.

Do elenco que disputou a A2, ficaram somente três jogadores: o atacante Guilherme Sales, que marcou três gols na campanha, o volante Pingo e o meia Carlinhos, que balançou as redes duas vezes.

O Monte Azul está no grupo 2 da Copa Paulista, ao lado do Botafogo-SP, que disputa a Série B do Brasileiro, do Comercial, rebaixado junto com o Azulão na A2, da Francana, recém-promovida para a Série A3 e do Barretos, que está na Série A4.

Veja mais notícias sobre a região no ge.globo/ribeirao