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Por Redação do ge — Ribeirão Preto, SP


Longeva, vitoriosa e incansável, Maria Zeferina Baldaia confirmou que vai se aposentar das competições profissionais no final deste ano, após disputar sua última São Silvestre, no dia 31 de dezembro, em São Paulo. Foi justamente no principal palco das corridas brasileiras em que a ex-cortadora de cana, natural de Nova Módica (MG), fez seu nome.

Há 21 anos, a atleta radicada em Sertãozinho (SP) se tornou a terceira brasileira a conquistar a prova, no mesmo ano em que já havia vencido a também tradicional Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte.

Neste ano, Maria Zeferina já participou da Corrida Integração, em Ribeirão Preto, no mês de junho — Foto: Globo Minas

Em homenagem ao histórico ano de 2001, ela decidiu que suas últimas corridas serão justamente na capital mineira, em 11 de dezembro, e em São Paulo, no último dia de 2022.

– Mesmo agora com 50 anos, não me sinto velha. Não tenho lesões e nem limitações, por isso consigo manter a rotina de treinos. É uma pena que o tempo passe e chegue essa hora de parar – disse Maria, que ainda treina dois períodos por dia e mantém a forma física do auge da carreira.

Além das conquistas de São Silvestre e da Volta da Pampulha, a histórica corredora também foi ouro na Corrida de Reis, em que é recordista, a Meia Maratona do Rio de Janeiro e a Maratona Internacional de São Paulo.

História de filme

Apesar das dificuldades enfrentadas durante toda a vida e períodos como babá, gari e até cortadora de cana em Sertãozinho, Maria Zeferina conseguiu chegar ao topo dos principais pódios e inspirou a produção de um longa-metragem em sua homenagem.

Intitulado “Zeferina”, o filme tem previsão de ser lançado em 2024 e está, atualmente, na fase de produção.

– Estamos realizando nossas captações externas desde o mês de fevereiro, remontando com detalhes e muito cuidado a história. Nosso cronograma para essa etapa do projeto se encerra em dezembro, quando Zeferina fará sua última São Silvestre, prova que venceu com maestria no ano de 2001, desbancando as principais corredoras do mundo. Ela deixará a prova, mas será eternizada pelo hall da fama. No próximo ano, 2023, iniciaremos as etapas de montagem e finalização, com a produção de trilha sonora própria, o que nos promove a uma categoria seleta de filmes habilitados a concorrer em grandes festivais – disse o diretor da produção, Lucas Bretas.

Atleta teve centro olímpico batizado em sua homenagem na cidade de Sertãozinho — Foto: Globo Minas

Apesar da aposentadoria do esporte profissional, a história de “correria” de Maria Zeferina Baldaia vai continuar até quando seus pés aguentarem.

– É apenas uma escolha pessoal de não competir mais profissionalmente, porque correr, eu vou continuar correndo pro resto da vida – completou a campeã.

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