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Por Guilherme Borges — Gdansk, Polônia


O central Judson é um dos novatos do grupo de 14 jogadores escolhidos pelo técnico Renan Dal Zotto para a fase final da Liga das Nações de vôlei masculino, onde a seleção brasileira encara a Polônia, nesta quinta-feira (20), às 15h (horário de Brasília), pelas quartas de final do torneio. O duelo terá transmissão do sportv2.

Judson vê seleção brasileira pronta para a fase final da Liga das Nações — Foto: Divulgação/FIVB

A partida, aliás, colocará as duas equipes frente a frente 13 dias depois do primeiro encontro pela terceira semana da fase de classificação do torneio, em Pasay City, nas Filipinas, que terminou com vitória polonesa por 3 sets a 1. Desta vez, além do retrospecto recente favorável, a Polônia jogará em casa, na cidade de Gdansk, sede da fase final.

– É, com certeza, vai ser realmente uma batalha, um jogo duríssimo. Encaramos eles (Polônia) nessa última semana de classificação e foi um jogo bem complicado. Mas saímos dessa partida sabendo que tínhamos muitas coisas ainda para melhorar, que contra eles não conseguimos implementar o que a gente estava fazendo nos outros jogos. Acho que nessa última semana, tanto quanto contra a Itália e contra a própria Polônia, foram os jogos que saímos um pouco do nosso habitual, assim, do que costumamos fazer durante as partidas.

– Depois que acabou o jogo, fomos rever, analisar o que poderíamos melhorar, vimos que, realmente, saímos um pouco do nosso padrão de qualidade, de desempenho, do habitual, e acabou que nos prejudicou um pouquinho nessas partidas. Mas para essa nova fase a gente sabe que eles ainda vão jogar em casa, vão ter o apoio da torcida e tudo mais, mas que, se a gente fizer o nosso e bem feito, temos totais condições de vencer lá e seguir na competição – destacou Judson, que anotou sete pontos no primeiro embate contra os poloneses.

Judson registrou sete pontos no revés contra a Polônia — Foto: Divulgação/FIVB

Eleito o melhor da posição na última Superliga masculina atuando pelo Suzano, Judson vive a primeira experiência com a camisa verde e amarela e se consolidou como uma das opções de Dal Zotto ao longo das três primeira semanas da VNL.

– É uma experiência nova para mim, não tinha vivenciado isso em categorias de base, nem nada, então está sendo uma experiência (....) todo dia vivenciando coisas novas e está sendo tudo muito especial. Estou realizando um sonho toda vez que entro em quadra, tentando aproveitar ao máximo, e está sendo muito produtivo. Estou evoluindo muito não só como atleta, mas como pessoa também em vários sentidos porque querendo ou não é muito aprendizado. Todo dia você aprende uma coisa diferente – disse o central.

Estreante na seleção e em torneios internacionais, o central tem boas médias, com 51 pontos, sendo seis de bloqueio, em 12 partidas.

– Acho que eu consegui ajudar o grupo, ajudar o time quando eu fui requisitado, quando fui acionado. É claro que o nervosismo ainda pega, pegou um pouco nesses primeiros jogos, porque querendo ou não é tudo muito novo, mas eu tentei manter a tranquilidade para fazer o que eu treino. Mas é inevitável você vestir essa camisa tão histórica, como é a da nossa seleção, não tem jeito, você acaba que fica um pouco mais nervoso do que é o habitual.

Judson marcou, até o momento, 51 pontos na Liga das Nações — Foto: Divulgação/FIVB

– Mas acho que aos poucos vou conseguindo superar isso. Acho que, para melhorar, quando esse nervosismo baixar um pouquinho e também já entendendo melhor, porque querendo ou não o jogo é muito diferente do que eu estava habituado jogando os campeonatos no Brasil. O jogo é totalmente diferente, é ultra velocidade, além dos adversários, dificilmente você vai encarar uma seleção (...) não tem jogo tranquilo – avaliou.

Aos 24 anos, ao lado do ponteiro Adriano (21), o sul-mato-grossense é um dos atletas mais jovens do elenco que tentará o bicampeonato da Liga das Nações. Por isso dividir a quadra com nomes como o Bruninho, Lucarreli e Lucão é parte de um processo de aprendizado.

– Eu vi os caras na televisão, muitos deles quando eu ainda nem tinha começado a jogar já estavam disputando os campeonatos pela seleção, e agora poder dividir a quadra com eles está sendo muito incrível. A experiência que eles têm também e que transmitem para nós, o aprendizado que você tem no dia a dia com esses caras, é muito especial. Assim, eu estou tentando colher ao máximo tudo isso porque eles trilharam todo esse caminho e só tem agregar muito na minha vida, como atleta, então está sendo muito especial – falou Judson.

Integrado à seleção desde o início da preparação, em abril, Judson revelou não ter tido dificuldades para se entrosar com os demais jogadores. Tanto que dentro de quadra a sintonia com o levantador Bruninho vem chamando a atenção.

Judson e Bruninho no primeiro jogo contra a Polônia na Liga das Nações — Foto: Divulgação/FIVB

– Acho que essa sintonia, sei lá, foi uma coisa muito natural. Quando chegaram os primeiros jogos ainda não tinha muita noção de como que seria esse encaixe, mas foi tudo muito natural e que parecia que a gente jogava junto fazia muito tempo, porque não tivemos muitos problema para ajustar a bola, o tempo de bola, nem nada, mas a ainda assim, durante os jogos, se tinha qualquer coisinha, a gente já tentava conversar para ajustar, e deu muito certo. Então eu espero continuar nessa sintonia fina com ele durante esse sequência – explicou o camisa 30.

A seleção brasileira chega para a fase final da Liga das Nações com a sexta melhor campanha, com oito vitórias em 12 rodadas.

O vencedor do duelo entre Brasil e Polônia vai enfrentar na semifinal o classificado do confronto entre Japão e Eslovênia, que também se enfrentam nesta quinta-feira ao meio-dia (horário de Brasília).

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