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Por Juliana Tourinho e Rubens Guilherme Santos — Suzano, SP


Quatro atletas que integram as equipes feminina e masculina de vôlei sentado do Sesi de Suzano vivem a expectativa do início dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá, na Colômbia, que começam na próxima sexta-feira (2).

Yasmin Camargo, Lucas Harada, Vinicius da Silva e Isaac Bergamim foram convocados para representar o Brasil no evento continental.

Yasmin vai ser uma das representantes do Brasil no vôlei sentado no Parapan de jovens — Foto: Reprodução/TV Diário

Apesar da juventude, o quarteto está acostumado a disputar competições de alto nível, como é o caso do Parapan. No ano passado, Yasmin, por exemplo, aos 15 anos, se tornou uma das atletas mais jovens a disputar o Campeonato Brasileiro. Além do fato histórico, a jogadora também conquistou o hexacampeonato nacional com o Sesi, de forma invicta, em 2022.

– Eu chorei bastante porque sempre foi meu sonho representar a seleção. Eu nunca pensei que chegaria aqui. Quando eu entrei, eu pensei que ia ser só um hobby, mas fui convocada pra seleção de base e fui convocada para o Parapan de jovens, que vai acontecer em Bogotá, e fiquei muito muito feliz. A ficha só vai cair quando eu estiver lá na quadra mesmo – revelou Yasmin Camargo, que integra o time feminino.

Outro que começou cedo a praticar a modalidade foi o Vinicius, aos 14 anos, dentro do próprio Sesi. Após um período na natação, o atleta foi introduzido ao voleibol sentado, onde despontou para o esporte.

Vinicius vai tentar time masculino do Brasil no Parapan de jovens — Foto: Reprodução/TV Diário

– Eu treinava com a equipe feminina. Dois anos atrás, eu comecei a treinar no masculino, a pegar mais firme, treinando três vezes na semana, de vir mais frequentemente e começar a jogar com a equipe. Desde então, a minha paixão é jogar. Sempre que eu posso, estou jogando, em pé, sentado – disse Vinicius.

Já Lucas, de 21 anos, é o atleta mais velho de toda a delegação brasileira que vai a Bogotá. O jogador começou no vôlei convencional e, posteriormente, migrou para a modalidade paralímpica. Após anos de vivência no esporte, ele celebrou a convocação para o Parapan.

– Passaram várias coisas na cabeça. Primeiramente, maior felicidade, porque a gente treinou um bom tempo pra chegar nesse lugar. Era pra ser em 2021, na verdade, a competição, mas tivemos adversidades por conta do Covid, que atrapalhou a gente. Depois de muito trabalho, eu consegui garantir a minha vaga, não só eu, como os outros meninos também que estão aqui – disse Lucas.

Lucas é o atleta mais velho do time masculino de vôlei sentado do Brasil no Parapan — Foto: Reprodução/TV Diário

Dentro do Sesi, os quatro têm a oportunidade de desenvolver as habilidades ao lado de atletas que já consolidaram suas carreiras no esporte, como Daniel Ioshizawa, medalhista de ouro no Parapan de Lima, em 2019, e Gizele Dias, bronze nas Paralimpíadas do Rio, em 2016, e de Tóquio, em 2020.

Diferentemente das competições habituais, que contam com seis jogadores em quadra para cada time, o voleibol sentado no Parapan terá o formato de três por três. Para o Isaac, de 15 anos, além das mudanças no modelo de disputa da competição, a rotina de estudos também exigiu alterações na preparação.

– Estava estudando à tarde, aí eu tive que mudar de período pra poder vir treinar aqui. Eu estava sem clube e aí vim treinar pra cá pra não perder também a especialidade, não perder o espaço, continuar treinando e evoluindo. Vim já treinando no modelo do Parapan, que é três por três em quadra, muito mais complexo, quadra menor, muito menos força, mais encaixada – disse Isaac.

Isaac concilia estudos com rotina de treinos Para o Parapan de Jovens — Foto: Reprodução/TV Diário

Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens serão realizados entre os dias 2 e 12 de junho, em Bogotá, na Colômbia. Ao todo, 96 atletas farão parte da delegação brasileira, sendo oito no vôlei sentado (quatro no masculino e quatro no feminino).

Para os atletas de Suzano, o principal objetivo na Colômbia é alcançar o lugar mais alto do pódio, tanto na disputa do feminino quanto no masculino.

– Meu foco vai ser impor tudo que a gente tenha trabalhado até hoje, aqui no Sesi e também na seleção de base. A gente tem trabalhado pra, quando chegar o momento de jogar, tentar trazer a medalha de ouro pra cá – finalizou Lucas.

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