A última vez que o município contou com um time em torneios oficiais no Estado de São Paulo aconteceu no ano 2000. À época, a extinta equipe do Itaquaquecetuba Atlético Clube, clube pelo qual atuou o lateral-direito Cafu na década de 80, disputou o Campeonato Paulista da Série B2 (equivalente à quinta divisão).

O Aster Brasil Itaquaquecetuba é um clube-empresa comandado pelo Grupo Aster, que também é responsável pela gestão do Aster Brasil, equipe do Espírito Santo, fundada em 2019, que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Capixaba.

– A oportunidade (de vir para Itaquaquecetuba) surgiu agora, em janeiro, quando nós fizemos mais uma boa edição da Copa São Paulo, nos classificamos para a fase seguinte, enfrentando o Internacional, e a partir dali vimos que estávamos prontos pra trazer o clube pra cá. No Espírito Santo, o nosso time vinha tendo bons desempenhos, boas performances, só que a gente sempre recebia o questionamento dos clubes parceiros, do nível de competitividade. O estado é muito bom, mas o perfil dos nossos atletas já vinha demandando um salto, e a gente conseguiu esse salto exatamente esse ano vindo para São Paulo – disse Rodrigo Duarte, presidente do clube.

O projeto paulista, assim como a matriz capixaba, tem como foco a formação de atletas e, inicialmente, trabalhará com equipes a partir das categorias sub-9 até o sub-20. Futuramente, a agremiação planeja disputar competições profissionais.

– Lá no Espírito Santo nós tínhamos a previsão para iniciarmos com o profissional só em 2025, mas por conta da pandemia nós tivemos que antecipar para 2021. A ideia é nesse primeiro, segundo ano, nós conhecermos a logística, a estrutura do campeonato, da cidade, e aí provavelmente no segundo ou no terceiro ano iniciarmos com o profissional também aqui, mas sempre privilegiando os jovens atletas. Então, vamos trabalhar sempre com atletas numa faixa etária de até uns 23, 24 anos, porque a ideia, o nosso DNA, é esse. É oportunizarmos os talentos para que eles possam atuar no futebol profissionalmente – explicou Rodrigo.

O time de Itaquaquecetuba, aliás, iniciou o processo de filiação à Federação Paulista de Futebol (FPF). O principal objetivo é a participação na Copa São Paulo de Futebol de 2024, cujo os trabalhos já começaram dentro e fora do campo.

Nas quatro linhas, o elenco sub-20 é comando pelo técnico Valter Santos, ex-União Suzano, e conta com 31 jogadores. O grupo está disputando a Copa Ouro da categoria organizada pela Associação Paulista de Futebol (APF).

Nos bastidores, porém, o Aster trabalha em conjunto com a prefeitura municipal na reforma do estádio Ildeu Silvestre do Carmo, também conhecido como Campo do Brasil, no bairro morro Branco, que tem capacidade para cerca de 3.800 torcedores, para que Itaquaquecetuba seja uma das sedes da Copinha do próximo ano pela primeira vez na história.

De acordo com o prefeito da cidade, Eduardo Boigues, o investimento do município na reforma do estádio gira em torno dos 2,5 milhões de reais, que incluem a troca do gramado e reformas nas edificações do espaço.

– Nós estamos nos finalmentes com a Federação Paulista de Futebol, fazendo as adequações finais aqui para que o estádio seja aprovado. O campo de grama sintética profissional, com dimensões oficiais, padrão FIFA, foi a exigência da Federação Paulista de Futebol. Então, a gente fica muito feliz de estar investindo agora na segurança da arquibancada, depois vem outra fase de iluminação, aí os vestiários novos também que a gente vai derrubar – detalhou o prefeito.