O que já foi sensação hoje é uma decepção. O Inter joga menos e menos. Os erros proliferam e o discurso, antes de “melhor aproveitamento” e “líder virtual” já é bem diferente. Aliás, Eduardo Coudet, quem deveria encontrar soluções para fazer o time crescer, adota uma postura conformista e projeta mais complicações. Um futuro que preocupa. Afinal, os próximos rivais são Corinthians e Grêmio.
Vitória 2 x 1 Internacional | melhores momentos | 9ª rodada | Brasileirão 2024
A atuação na derrota por 2 a 1 para o Vitória foi abaixo das expectativas. O primeiro tempo assustou. O time não conseguia trocar passes e, em consequência, tinha uma construção parca. Atrás, quando o lanterna avançava, levava vantagem.
O primeiro gol sai após falhas individuais. Vitão tenta dar um chutão para frente, mas acerta o adversário. Thiago Maia errou um domínio dentro da área e a bola sobrou para Willian Oliveira abrir o placar aos sete do primeiro tempo.
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A fragilidade defensiva apareceu 11 minutos depois. Os gaúchos não impediram a troca de passes dos mandantes e viram Alerrandro empurrar ao fundo das redes. Por sorte, o VAR revisou e anulou pela posição adiantada do atacante.
O treinador admitiu que a etapa inicial foi decepcionante e a pior sob seu comando. Todavia, as peças escolhidas vieram de Coudet. Houve a justificativa da questão clínica de determinados atletas, como Renê, Wesley, Alario, Fernando e Bruno Henrique.
Matheus Dias, que disputou a segunda partida no ano, teve dificuldades na marcação e na troca de passes. Hyoran, escolhido para ser o construtor das jogadas, uma vez mais, não conseguiu levar o time ao ataque.
Hyoran, meia do Inter — Foto: Ricardo Duarte/Internacional
Gustavo Prado empregou maior dinamismo e o garoto Gabriel Carvalho, em sua estreia como profissional, deu passe preciso ao gol de Wesley. Prova do talento da joia. “La pelota no pide documento”, a frase cunhada pelo técnico, precisa ser confirmada com a escolha por um dos dois como o homem de criação na sequência.
Bustos entrou no segundo tempo e falhou nos cruzamentos. Algo que já tem ocorrido. Aránguiz fez uma das piores partidas pelo clube, caso não a pior. Não conseguiu promover a ligação e falhou até em um passe de 2m a Bruno Henrique, ao mandar direto pela lateral.
A explicação pela falta de entrosamento e trocas, embora honesta, não pode minimizar o grupo ao qual o treinador dispõe. Se as peças teimam em render menos, precisa encontrar uma forma de recuperá-las.
Ocorre que, mesmo quando tinha o grupo em mãos, as atuações não eram vistosas. O time sofre para encontrar espaço e aposta em rodar a bola, mas pouco finaliza. Situação, inclusive, já admitida pelo hermano. Prova é a parca contundência. São apenas seis gols em sete partidas no Brasileirão, pior ataque ao lado de Fortaleza e Grêmio.
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O momento de oscilação da equipe acarreta até na postura do técnico. Coudet tem por hábito adotar um tom otimista. Já disparou contra a imprensa em inúmeras ocasiões, ao dizer para a torcida “não consumir merda”. O argentino sabe que conta com o melhor grupo que comandou na carreira e a confiança na luta pelo título do Brasileirão, mas vê cada vez mais dificuldades.
- O primeiro tempo foi muito ruim. Temos de melhorar e dar mais ritmo a quem joga menos, e só se pega jogando. Não quero ser pessimista. Busco trabalhar da melhor forma para o jogo de quarta. Temos um rival duro que é o Corinthians e fica cada vez mais difícil – disse.
O treinador precisa encontrar forças para mobilizar o vestiário, encontrar uma estratégia e montar um time sólido para buscar um resultado positivo. É preciso afastar as desconfianças.
Com o resultado, o Inter soma 11 pontos e está em 10º lugar no Brasileirão. Na próxima rodada, o time de Eduardo Coudet enfrenta o Corinthians. A partida será disputada na quarta-feira, às 21h30, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
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