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Por Gabriel Girardon — Porto Alegre


O Campeonato Gaúcho 2024 tem seu capítulo final neste sábado, a partir das 16h30, com o duelo de volta da decisão entre Grêmio e Juventude, na Arena. O vencedor, seja ele quem for, fará história. Algo quase inédito, por parte do próprio clube ou em comparação com todo estado.

Vovós de 105 anos revelam o amor por Grêmio e Juventude

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De um lado, o Grêmio busca o heptacampeonato, marca atingida somente uma vez pela equipe. Para isso, é preciso voltar mais de 50 anos, quando o Tricolor engatou sete títulos seguidos entre 1962 e 1968, com figuras históricas como Everaldo, Alcindo e tantos outros.

Grêmio e Juventude brigam para fazer história na final do Gauchão — Foto: ge

Já o Juventude, com um título gaúcho na história, tenta o bi. Apenas um time do interior conseguiu tal feito, há mais de 80 anos. O Guarany de Bagé, campeão pela primeira vez em 1920, venceu o torneio de 1938 (esse sem Grêmio e Inter) e até hoje se vangloria da façanha de ter duas taças no armário.

– Acima de tudo é um privilégio estarmos na final, poder fazer história novamente com o hepta, depois de meio século. Muitos jogadores jogam 10 anos num clube e não fazem historia, e às vezes em um ano se faz. Se temos essa oportunidade, vamos correr atrás – disse Renato.

– Para o Juventude, um time com um século de história, um atleta colocar seu nome na historia do clube, é motivação por si só. O que buscamos é que essa pressão seja positiva. Quando entra no vestiário, tem as fotos históricas dos grupos vitoriosos. O que desejamos é ver a nossa naquele ambiente – destacou Roger.

Renato busca o décimo título como técnico do Grêmio

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As duas marcas são difíceis de alcançar. Até por isso a raridade em ocorrer. Num campeonato dominado por dois clubes, ou é complicado títulos em sequência ou, mais ainda, simplesmente vencer a disputa, se tratando de equipes do interior, quase todos a um mar de distância de Grêmio e Inter em estrutura, investimento, etc.

Além do hepta tricolor em 1968, o Colorado também conseguiu, inclusive sendo octacampeão, em 1976. Por outro lado, das 103 edições do Gauchão, apenas 16 não foram vencidas pela dupla Gre-Nal, e algumas não tiveram a presença de um ou até os dois rivais. Ambos passaram a jogar anual e ininterruptamente a partir de 1961.

Campeão como atleta e jogador, Roger Machado pode conquistar sexto Gauchão

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Na história centenária do Gauchão e dos dois clubes, Grêmio e Juventude estão a 90 minutos de escreverem a última cena da edição 2024 com o desfecho quase perfeito para um dos lados. Ou o time de maior hegemonia entre clubes da Série A, ou o que recém voltou à elite e eliminou um rival de peso na semifinal.

Ambos sabem disso. No evento promovido pela FGF na véspera da partida, os técnicos Renato Portaluppi e Roger Machado destacaram, mais de uma vez, a grandeza de disputarem a final e a oportunidade de deixar uma marca na história. Cada um com sua peculiaridade.

O placar sem gols no jogo de ida zerou também a decisão num todo. As equipes entram em campo dependendo apenas de si, pois não há vantagem por resultados iguais, tampouco gol fora de casa como critério de desempate. Nova igualdade leva o duelo aos pênaltis.

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