Ter o corpo ativo é um caminho sem volta para quem busca uma melhor qualidade de vida, independentemente da idade. Para quem deseja largar o sedentarismo, as principais recomendações são a avaliação de um médico e a orientação de um profissional de educação física. Antes de começar a suar a camisa, porém, é preciso entender também que existe uma diferença entre atividade física e exercício físico.
- Atividade física é qualquer tipo de movimento que você faça. Se você vai passear com o seu cachorro, isso é atividade física. Se você vai subir um lance de escada porque o elevador está quebrado, isso é atividade física. Se você vai dançar no final de semana, isso é atividade física. Exercício físico é diferente, é uma iniciativa mais controlada, que exige mais esforço, que exige uma programação e uma progressão determinada. Para o exercício físico, você precisa das orientações do médico e do profissional de educação física - resume Raphael Barreto, profissional de educação física, especialista em Fisiologia do Exercício.
Raphael Barreto destaca que não há idade para começar a fazer exercício físico — Foto: Reprodução
Raphael ressalta que o exercício físico precisa ser feito quando se tem possibilidade, adaptando à rotina cada vez mais corrida.
Ele destacou ainda que o colégio americano de medicina do esporte (The American College of Sports Medicine) recomenda que se faça pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, podendo elevar essa quantidade até 300 minutos. Esta é a indicação para que se faça controle de peso, diminuição de risco cardiovascular e de todos os problemas que o sedentarismo pode causar e que a atividade física pode evitar.
Cuidados
Sobre as recomendações aos iniciantes, o diretor do Studio Fit4, de Natal, lembra que "o ideal é que um médico faça uma avaliação e diga se a pessoa está realmente apta ou se tem alguma particularidade que limite o esforço para que faça exercício com carga mais controlada".
- O primeiro cuidado de todos é saber se está bem de saúde, fisicamente apto a fazer exercício. O cenário ideal seria ser consultado por um médico, para ser avaliado, para saber se existe alguma comorbidade. Às vezes, há uma doença que está ali silenciada e a pessoa não sabe (...) Ao chegar à fase da atividade, é fundamental que ele seja orientado por um profissional da educação física, que é o profissional que conhece sobre exercício físico - comentou.
Raphael ainda faz um alerta: não adianta só ver as dicas de internet, de perfis dos chamados "gurus fitness".
- Hoje, o que tem de mais perigoso na área do exercício é a pessoa se inspirar em gurus de rede social e se dar mal. Acontece demais. Muito fisiculturista famosinho, muita blogueirinha sarada e por trás tem um monte de coisa errada que a pessoa está fazendo. O leigo olha aquilo e diz 'vou fazer igual ao fulaninho porque ele está com aquele corpo, então significa que eu também vou ficar igual'. Mas é totalmente diferente. Então, cuidado - finalizou.
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