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Por Winne Fernandes — Rio de Janeiro


O palco parecia montado para a festa brasileira. De início, até foi assim. No fim, porém, as estrangeiras levaram a melhor. No desafio Campeãs da Areia, o Brasil abriu vantagem com duas vitórias nas primeiras partidas. A missão para garantir o título estava nas mãos de Duda e Ana Patrícia. Elas, porém, perderam a partida e o mini-set de desempate. Assim, as visitantes levaram a melhor e ficaram com o troféu por 3 a 2.

Pontos finais de Brasil 2 x 3 Mundo pelo desafio Campeãs da Areia no Vôlei de Praia

Pontos finais de Brasil 2 x 3 Mundo pelo desafio Campeãs da Areia no Vôlei de Praia

Talita e Thâmela abriram a disputa com vitória sobre as francesas Placette e Richard. Depois, Bárbara Seixas e Carol Solberg passaram pelas alemãs Schneider e Sude. Assim, abriram 2 a 0 para o Brasil. O terceiro jogo, porém, valia dois pontos. E foi assim que Melissa e Brandie, do Canadá, deixaram tudo igual e forçaram o desempate. No fim, levaram a melhor sobre Duda e Ana Patrícia.

- Nós amamos jogar no Rio, queríamos estar mais aqui. Assim que desembarcamos do avião, sentimos a energia e a cultura do Brasil. O povo realmente ama o vôlei e não são muitos os países assim como o Brasil, que amem tanto o esporte. Mesmo que não estivessem torcendo para nós - disse Melissa.

Duplas estrangeiras levaram a melhor no Campeãs da Areia — Foto: Winne Fernandes

- É uma parte do meu coração, eu me sinto em casa. Tantas pessoas que eu posso ligar e encontrar, lugares que eu quero ir. São todos sempre respeitosos e apaixonados pelo jogo. Eu realmente estou tento ótimos momentos aqui - disse Brandie, que chegou a morar no Rio, treinada por Rico de Freitas.

Como foram os confrontos

Talita/Thâmela (BRA) x Placette/Richard (FRA)

Na abertura do desafio, Talita, uma das mais vitoriosas jogadoras do vôlei de praia, e Thâmela, uma das maiores promessas do país, tiveram jogo duro contra as francesas Placette e Richard. As europeias abriram vantagem no início, mas as brasileiras foram buscar. Talita, depois de um rali bem disputado, deixou tudo igual em 11/11. A virada foi no saque de Thâmela, desestabilizando o passe das rivais. Foi a senha para disparar. No fim, Thâmela encheu a mão para fechar em 15/12.

- Essa energia do Brasil, de Copacabana. Isso faz o evento ficar mais bacana. É um torneio diferente. Mas essa alegria, essa leveza é o que faz a gente querer ficar dentro de quadra – disse Talita.

Bárbara Seixas/Carol Solberg (BRA) x Schneider/Sude (ALE)

Ao contrário do jogo anterior, a dupla brasileira abriu vantagem logo de cara. Bárbara e Carol logo dispararam com 6/2 na conta. As alemãs, que formaram parceria há pouco tempo, até tentaram reagir, mas sem muita eficiência. Logo o placar já marcava 10/4 para as brasileiras. No ataque de Bárbara, fim de papo: 15/7.

- É maravilhoso. Traz lembranças muito boas. Esse torneio é muito legal porque somos um só, é o Brasil contra o mundo. Por mais que tenha essa rivalidade natural nessa corrida olímpica, representamos o país. É muito bacana isso – disse Bárbara.

- Estar em quadra e ouvir ele torcendo é muito especial. Ouvir aquele “Vai, mãe!”. É muito gostoso. Deu certo – disse Carol, que contou com o filho Salvador na torcida.

Bárbara Seixas e Carol Solberg, com o filho Salvador no colo — Foto: Winne Fernandes

Duda/Ana Patrícia (BRA) x Melissa/Brandie (CAN)

Duda e Ana Patrícia não tiveram vida fácil no terceiro duelo no dia. Melissa e Brandie abriram boa vantagem de cara e obrigaram as brasileiras a correrem atrás no placar. As donas da casa conseguiram encostar em 10/9 na conta. Mas, no fim, as canadenses levaram a melhor e forçaram o desempate em 15/12.

Desempate

Com a vitória do jogo anterior, Brandie e Melissa forçaram o mini-set de desempate. Duda e Ana Patrícia chegaram a ter o ponto da vitória, mas viram as canadenses virarem o placar e chegarem primeiro aos cinco pontos necessários para a vitória: 5/4.

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