A relação entre Cuca e Athletico chegou ao fim de forma inesperada e estremecida. Após o empate diante do Corinthians, no último domingo, o treinador sinalizou desejo de deixar o clube e foi atendido pelos dirigentes do Furacão. A decisão significa mais um trabalho interrompido por vontade própria na trajetória do profissional.
Cuca não é mais o técnico do Athletico
Cuca começou a carreira em 1998 e passou por clubes de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo antes de chegar ao Paraná Clube, em 2003. O time vivia boa fase e ocupava a oitava posição do Campeonato Brasileiro, mas o treinador aceitou uma proposta para comandar o Goiás, então lanterna da competição.
Em 2007, no Botafogo, o treinador pediu para sair após derrota e eliminação diante do River, pela Copa Sul-Americana. Cuca acabou voltando ao clube na semana seguinte e alegou que pediu demissão para facilitar o processo, já que a diretoria havia informado que ele não permaneceria.
Em 2013, após a conquista da Libertadores pelo Atlético-MG, Cuca recebeu proposta do futebol chinês e optou por não continuar no clube de Belo Horizonte. O Shandong Luneng, inclusive, anunciou o acerto durante a disputa do Mundial de Clubes.
Cuca, técnico do Athletico-PR, contra o Grêmio — Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Em 2016, no Palmeiras, o roteiro conturbado voltou a se repetir. O Verdão foi campeão brasileiro, mas o treinador optou por deixar o clube no final da temporada.
- É uma escolha difícil, mas que eu tive que fazer. Na verdade, como sempre disse, não era nem para eu ter vindo neste ano - falou à época.
Cuca também optou por interromper o trabalho no São Paulo, em 2019. Foram 26 jogos no comando do time do Morumbi.
Infelizmente o meu estilo não casou com o estilo do São Paulo. Não combinou - falou.
Em 2021, no Galo, após conquistar o Campeonato Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil, o profissional informou ao clube que não permaneceria alegando problemas de ordem familiar.
Técnico Cuca deixou o Galo no final de 2021 — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
O treinador também interrompeu o trabalho no Santos, em 2018, por questões de saúde, e no Corinthians, no ano passado, em função dos protestos da torcida por conta da condenação por ato sexual com menor e coação (entenda o caso), anulada no início de 2024.
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