O paratleta Luís Carlos Cardoso avançou à final da paracanoagem das Paralimpíadas Tóquio 2020. O competidor piauiense terminou na 1ª posição na segunda bateria das eliminatórias da categoria KL1 200m e deu um valioso passo na briga por medalha entre atletas que utilizam apenas os braços sobre o caiaque. O piauiense ainda garantiu classificação à semifinal da categoria VL2, na canoa, prova em que o sul-mato-grossense Fernando Rufino se classificou direto à decisão.
Luís Carlos Cardoso, eliminatórias paracanoagem Tóquio 2020 — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
Hexacampeão mundial na KL1 200m, Luís Carlos Cardoso é um dos cotados a uma medalha na prova em Tóquio. Classificado direto para a decisão por ter vencido a bateria, o brasileiro não disputa a semifinal prevista para as 21h30 (horário de Brasília), na quinta-feira, e cai na água apenas às 22h48, também na quinta-feira.
Luís não deu chance aos rivais nas eliminatórias da KL1 200m. O brasileiro liderou a prova desde a largada e assumiu a dianteira com 15 segundos de prova. A disputa seguiu apertada entre o piauiense e o francês Remy Boulle, que não conseguiu manter o ritmo de Luís nos 100 metros finais.
Luís Carlos Cardoso, eliminatórias paracanoagem Tóquio 2020 — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
Luís Carlos Cardoso, eliminatórias paracanoagem Tóquio 2020 — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
Luís Carlos Cardoso, eliminatórias paracanoagem Tóquio 2020 — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
OS TEMPOS DA BATERIA 2 - KL1 200M
1º Luís Casrlos Cardoso (Brasil): 49s840
2º Remy Boulle (França): 51s726
3º Tamas Juhasz (Hungria): 52s820
4º Adrian Castano (Espanha): 57s020
5º Lucas Nicolas Diaz (Argentina): 57s033
6º Takagi Yuta (Japão): 1min00s765
Luís Carlos Cardoso, eliminatórias paracanoagem Tóquio 2020 — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
Disputa de brasileiros na canoa
Fernando Rufino e Luís Carlos Cardoso disputaram as eliminatórias da categoria VL2 200m, para atletas que utilizam braços e tronco na remada. O "cowboy de aço" sobrou para cima do colega compatriota e aos demais rivais e venceu a bateria ao ao cravar o tempo de 55s258. Luís terminou em quarto lugar com 58s00. Fernando se classificou diretamente para a final, e Luís Carlos disputará a semifinal, na sexta-feira, às 21h58 (de Brasília).
Fernando Rufino, o "cowboy", sobra na canoa e avança direto à final. Luís Carlos disputará semi — Foto: Comitê Paralímpico Internacional
OS TEMPOS DA BATERIA 1 - VL2 200M
1º Fernando Rufino (Brasil): 55s258
2º Steven Haxton (EUA): 57s027
3º Igor Korobeynikov (Comitê Paralímpico Russo): 57s420
4º Luís Carlos Cardoso (Brasil): 58s00
5º Mathieu St-Pierre (Canadá): 59s683
6º Anas Al Khalifa (Time Paralímpico de Refugiados): 1min04658
Conheça Luís Carlos Cardoso
Dançarino profissional por nove anos, Luís Carlos contraiu uma esquistossomose, doença transmitida pela água doce, em 2009. Dois anos depois, ele surgiu para o esporte nas sessões de reabilitação e fez da embarcação sua melhor companhia, uma fiel escudeira.
Conheça a história de Luis Carlos Cardoso, campeão paracanoagem
Luís Carlos Cardoso — Foto: Arquivo pessoal
O paracanoísta despontou rapidamente na modalidade e virou o herdeiro da vaga do tetracampeão mundial Fernando Fernandes na categoria KL1 200m. Luís ainda compete profissionalmente na VL2 200m.
Em sua estreia nos Jogos, Luís Carlos Cardoso ficou em 4º lugar na final da KL1 200m na Rio 2016. Em 2019, ele recebeu o Prêmio Brasil Paralímpico após ser eleito o melhor paracanísta do país naquela temporada.
Conheça a história do "Cowboy de Aço"
O sul-mato-grossense Fernando Rufino viveu capítulos curiosos até se encontrar na paracanoagem. Depois de domar e enfrentar touros, ele sobreviveu a um acidente de trânsito e ainda resistiu a um raio que o atingiu na cabeça. Veja abaixo.
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