A sexta-feira promete ser de definições no Náutico, principalmente envolvendo a permanência ou não do técnico Hélio dos Anjos no comando do time. E um aspecto que vai pesar nessa balança do "fica ou sai" é a parte financeira referente à multa rescisória e outras pendências antigas do clube com o treinador.
Caso opte pela demissão de Hélio dos Anjos, a diretoria alvirrubra precisará pagar a rescisão baseada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), uma vez que não foi estipulado um valor de multa no contrato do treinador (como geralmente ocorre no futebol).
Sendo assim, o Náutico terá que arcar, como indenização, com a metade de toda a remuneração a que o treinador tem a receber até o final do contrato, no dia 30 de novembro. Montante que, de acordo com apuração do ge, gira em torno de R$ 450 mil.
Hélio dos Anjos, técnico do Náutico — Foto: Tiago Caldas/CNC
No entanto, essa não seria a única pendência em aberto com o treinador. O Náutico completou, na quinta-feira, dois meses de salários atrasados com o elenco e comissão técnica. E Hélio dos Anjos ainda tem valores em aberto de sua passagem anterior pelo clube.
Em outubro do ano passado, o Náutico firmou um acordo judicial para pagamento de R$ 442.360,23, dividido em 14 parcelas, referentes a salários atrasados e premiações. Cada parcela deveria ser paga no dia 15 de cada mês, com tolerância de dez dias de atraso. Mas o acerto, segundo o próprio Hélio dos Anjos, não vem sendo cumprido.
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Em novembro, quando o treinador havia voltado ao clube, a advogada Manoella Molom entrou com uma representação na Justiça alegando atraso logo na primeira parcela e com isso solicitou a quitação integral do acordo com acréscimo de 50%. Com isso, o montante saltou para R$ 663.540,34.
Depois disso, o Náutico conseguiu honrar com a primeira prestação, mas teria voltado a atrasar o pagamento. A quitação do débito se encerra em novembro deste ano. Mesma data para o término do atual contrato do treinador com o Timbu.
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