As eleições no Campinense seguem com momentos tensos e de farpas trocadas por agentes que participam do pleito, que vai ocorrer no dia 22 de outubro e pretende eleger um novo presidente do clube. Nesta segunda-feira, o sócio patrimonial Mércio Franklin, que foi alvo de ataques de um dos candidatos a mandatário da Raposa, Lênin Correia, renunciou ao cargo de secretário da Comissão Eleitoral e se defendeu das acusações de um dos postulantes ao cargo de presidente do Rubro-Negro.
Na última semana, Lênin chamou uma coletiva e foi contundente nas palavras. E chamou a Comissão Eleitoral de uma quadrilha que foi formada para dar a vitória nas eleições para o candidato Rômulo Leal, que faz oposição ao presidente Danylo Maia, atualmente afastado do cargo pelo Conselho Deliberativo.
Após as denúncias graves, Mércio resolveu renunciar ao cargo de secretário da Comissão Eleitoral, se defendeu das acusações de que ele não estava sendo imparcial em seu trabalho e chamou o candidato Lênin de descontrolado.
— Sou sócio patrimonial legalmente constituído em acordo com as normas legais do clube. Tenho o direito assegurado de fazer parte da Comissão Eleitoral. No dia 28 de setembro de 2023, eu, estando a serviço do clube na condição de secretário da Comissão Eleitoral, estava trabalhando voluntariamente no Renatão, recepcionando os registros das candidaturas. Já no final da tarde, Lênin chegou para efetuar a inscrição da sua chapa. Ao me entregar a documentação, verifiquei que estavam faltando documentos essenciais e que eram requisitos para efetivação da inscrição, como o comprovante de pagamento das taxas de conservação do título patrimonial. Ao pedir, o pretenso candidato ficou descontrolado e iniciou uma série de agressões contra a minha pessoa: físicas, morais e psicológicas. Um fato tão grave, que houve a necessidade de ligar para a Polícia Militar, que esteve no local para assegurar a minha integridade física e conter Lênin — descreveu Mércio.
O ex-secretário da Comissão Eleitoral ainda registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, explicando a sua versão dos fatos, datado do dia 28 de setembro. Mércio ainda disse que ficou decepcionado com os órgãos de poder do clube, mas garante que vai seguir contribuindo com o Campinense, defendendo que o clube é maior do que todos.
— Deixou registrada minha tristeza com o Conselho Diretor, o Conselho Deliberativo e até mesmo com a Comissão Eleitoral, uma vez que em nenhum momento tenham manifestado por meio de uma nota a solidariedade a minha pessoa, afinal fui agredido de todas as formas dentro das dependências do clube. Reafirmo meu compromisso com o Campinense e digo-lhes: não calarei minha voz e nem me furtarei em defender a nossa instituição centenária com todas as minhas forças — escreveu Mércio em sua carta-renúncia.
As eleições no Campinense acontecerão no próximo domingo (22), e conta com três candidatos na disputa: Carlos Gonzaga, Rômulo Leal e Lênin Correia. O vencedor comandará o Campinense no biênio 2024/2025.
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