Assustadora, violenta, agressiva. Inspiradora, incrível, perfeita. Expressões contrastantes que refletem os dois lados da moeda da onda de Teahupoo, Taiti, na visão de seis atletas que participaram de um camp de treinamento no palco da disputa do surfe nas Olimpíadas de Paris 2024. A viagem, organizada pela Associação Internacional de Surfe (ISA, na sigla em inglês), foi registrada no documentário "Teahupoo Surf Camp - Rumo a Paris 2024", do Olympic Channel, que vai ao ar na Faixa Olímpica desta sexta-feira, à 0h, no sportv 2.
Teahupoo Surf Camp: seis surfistas conhecem a onda olímpica
Durante duas semanas, surfistas já classificados para a próxima edição dos Jogos e outros com grandes chances de obterem uma vaga olímpica tiveram a chance de experimentar uma das mais temidas ondas do circuito mundial. O grupo formado pelo neozelandês Billy Stairmand, o canadense Cody Young, os peruanos Lucca Messinas e Sol Aguirre, a costarriquenha Leilani McGonagle e a holandesa Tiara van der Huls contou com a orientação do surfista local Tereva David, que coordenou as sessões de surfe em Teahupoo.
Teahupoo Surf Camp, documentário do Olympic Channel — Foto: Olympic Channel
- A decisão de fazer a competição de surfe em Teahupoo, em vez de Paris, foi muito ousada, e poucos atletas tiveram a chance de visitar ou treinar aqui. Então a ideia desse camp é dar a surfistas com menos experiência nesta onda pesada uma oportunidade de treinamento para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 - explica Megan Burns, diretora de Esporte da ISA.
Por duas semanas, os seis surfistas dividiram bangalôs e compartilharam refeições no Taiti. Depois de passarem os dias surfando em ondas de dois a três metros, eles se reuniam à noite para rever as gravações dos treinos, com a análise técnica de Tereva. A viagem contou com momentos tradicionais de Teahupoo com os esperados caldos, encontros com corais e resgates de jetski. A surfista holandesa Tiara van der Huls, por exemplo, sofreu cortes no pé após uma queda.
Teahupoo Surf Camp: Cody Young fala sobre a onda olímpica
- As ondas podem ser pequenas ou muito grandes, você tem que estar pronto para tudo. Há tanta pressão e tanta força na crista de uma onda, e ainda descendo em cima de um recife afiado. A combinação de uma onda que vem de águas tão profundas para águas tão rasas sempre será algo violento e agressivo - ressaltou o canadense Cody Young durante uma das sessões de surfe.
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