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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


Aos 17 anos, Yvette Broch se dividia entre os sonhos de ser uma jogadora profissional de handebol e uma modelo de sucesso. Quando conquistou o vice-campeonato de um reality show que selecionava as próximas top models da Holanda, achou que seu futuro estava definido. Porém, após experimentar dois anos intensos entre passarelas e ensaios fotográficos, decidiu deixar a carreira na moda de lado e buscar a felicidade em quadra. Hoje, aos 32 anos, não se arrepende da escolha.

Yvette Broch em ação no Mundial de 2023 na Dinamarca — Foto: Getty Images

- Quando era jovem, ser modelo era algo muito interessante e parecia um trabalho incrível. Mas minha saúde falou mais alto. Eu não comia o suficiente, era jovem e fiz coisas que não faria hoje para ficar tão magra - lembra Yvette, que vê semelhanças entre as duas atividades. - Tem muita adrenalina antes de você subir na passarela e antes de entrar em quadra. Ambos são ramos muito competitivos, mas muito diferentes.

Yvette Broch ainda faz campanhas para marcas que escolhe — Foto: Reprodução/Instagram

A experiência fez Yvette enxergar que aquele universo não combinava com ela. Depois de refletir, entrou em contato com antigas companheiras de seleção juvenil e decidiu voltar a jogar em um time de Amsterdã. Em 2015, passou a defender o gigante húngaro Győri, equipe de handebol feminino de maior sucesso no mundo nos últimos 15 anos.

- Gostei muito de voltar a jogar e tudo foi muito rápido a partir dali.

Três anos depois de estrear pelo Győri, Yvette venceu a Liga dos Campeões. Embora vivesse o auge da carreira, eleita para a seleção do Campeonato Europeu de 2016 e do Campeonato Mundial de 2017, não estava satisfeita.

- Eu não estava feliz. Jogava no melhor clube, era uma grande estrela, tinha um apartamento lindo, estava tudo bem. Mas percebi que no handebol eu também estava obcecada em ser a melhor e acho que me perdi um pouco.

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Yvette decidiu se aposentar, mas não conseguiu ficar mais que dois anos e meio longe das quadras. Pouco antes das Olimpíadas de Tóquio, retornou ao Győri e agora sonha com uma despedida definitiva do esporte nos Jogos de Paris 2024.

- Vou encerrar minha carreira no próximo ano. Então é claro que seria ótimo terminar com os Jogos Olímpicos - conclui Yvette.

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