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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


No início de setembro, durante a vitória do Brasil por 5 a 1 sobre a Bolívia pelas eliminatórias da Copa do Mundo, Richarlison foi flagrado pelas câmeras chorando no banco de reservas após ser substituído. As lágrimas viraram assunto e o atacante do Tottenham revelou que planejava buscar ajuda psicológica para lidar com o momento difícil que vivia dentro e fora dos gramados. No Dia Mundial da Saúde Mental, o jogador de 26 anos falou abertamente sobre o desafio de lidar com a pressão de vestir a camisa 9 da Seleção Brasileira, sobre como reage às críticas negativas e muito mais.

Olympic Channel: Richarlison

Olympic Channel: Richarlison

Lidar com a pressão não é novidade para o atacante, que foi rejeitado por vários clubes antes de ter uma chance no América Mineiro. O jovem aspirante a jogador chegou a gastar todo o seu dinheiro em uma passagem só de ida para Belo Horizonte sabendo que, se não fosse escolhido pelo time mineiro, não teria como voltar para casa. O resto é história: Richarlison impressionou a comissão técnica e garantiu vaga no elenco, sendo promovido a titular seis meses depois.

Foto de gol de Richarlison feita por Tarso Sarraf, do Jornal OLiberal, ganha prêmio de Melhor Imagem do Esporte 2022 — Foto: Tarso Sarraf/OLiberal

- É preciso saber lidar com os comentários negativos, mas também com os positivos, para não deixar tudo subir à cabeça - afirma o jogador. - Lembro de jogar com alguns sub-17 no América que estavam à minha frente e poderiam ter se profissionalizado, mas ficaram pelo caminho.

Richarlison chora no banco de reservas — Foto: Reprodução

"Agora sei o peso que Ronaldo carregava"


O sucesso ao longo dos últimos anos colocou Richarlison diante de seu maior desafio: vestir a camisa 9 do Brasil. O atacante diz que hoje compreende bem a pressão que Ronaldo, uma de suas referências na posição, enfrentou durante toda a carreira.

- Tenho muito orgulho de vestir a camisa 9, mas agora eu sei o peso que o Ronaldo carregava e que outros grandes jogadores que vestiram a camisa carregavam. Porque quando você veste o número 9, a expectativa de que você faça gols sempre é enorme. Cada vez que você joga, você tem que dar o seu melhor, tem que tentar marcar, porque é uma camisa pesada de vestir.

Richarlison e Ronaldo — Foto: Reprodução

"Quero ser um ídolo para os brasileiros"


Reconhecido em todo o mundo por seu ativismo e trabalho social, Richarlison doa 10% de sua renda para pacientes com câncer e fornece moradia gratuita para os que precisam. O jogador também foi notícia por doar cilindros de oxigênio para a cidade de Manaus durante a pandemia do coronavírus no Brasil e fornecer centenas de cestas básicas para comunidades pobres em todo o país. O atacante também usa sua plataforma para abordar regularmente questões como racismo, pobreza, brutalidade policial, direitos LGBTQ+, violência de gênero e questões ambientais.

- Quero ser lembrado como um ídolo, como alguém que honrou a camisa da Seleção - afirma. - Uma pessoa que se destacou fora de campo, sempre disposta a ajudar as pessoas. Quero ser um ídolo da torcida brasileira.

Confira a entrevista completa em Olympics.com.

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