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Por Redação do ge — Rio de Janeiro


A Grã-Bretanha já amargava 100 anos sem uma medalha na ginástica masculina quando Kristian Thomas entrou em ação nas Olimpíadas de Londres 2012 carregando a responsabilidade de executar uma rotina praticamente perfeita no solo para levar seu país de volta ao pódio. Sob os olhares de toda a nação, o ginasta fez a sua parte e ajudou a garantir um aguardado bronze por equipes. Dez anos depois e aposentado do esporte, Kristian usa sua experiência para ajudar atletas de outra modalidade a brilharem: desde janeiro de 2022, ele atua nos bastidores da Premier League como gerente de atendimento e engajamento do jogador.

Kristian Thomas, Grã-Bretanha, Londres 2012 — Foto: Olympic Channel

- No fim das contas, esporte é esporte. Acho que trago para a função o conhecimento e a compreensão de como é ser um atleta de elite, seja você um jogador de futebol ou um ginasta. Aquela exposição, competir sob os holofotes, treinar por um objetivo, a resiliência para a recuperação após lesões, isso é o mesmo em qualquer esporte - diz Kristian.

Kristian lidera uma equipe de mais de 200 pessoas que oferece suporte a todos os 20 clubes da Premier League. O objetivo é garantir que os jogadores recebam a assistência necessária, com foco especial em saúde mental, e tenham suas vozes ouvidas. Além do acompanhamento do bem estar dos atletas, a área também é responsável por oferecer aos jogadores orientação sobre oportunidades de vida fora do futebol.

- Parte do trabalho é sondar as opiniões dos jogadores sobre certos assuntos e alimentar a Premier League com essas informações para possíveis mudanças nas regras. A prática de se ajoelharem como atitude simbólica no combate à discriminação é um bom exemplo disso. Recentemente, os capitães decidiram que fazer isso em partidas específicas, e não em todos os jogos, aumentava a exposição e tiveram todo o apoio.

Além do cargo na Premier League, Kristian é um dos integrantes da comissão de atletas do comitê olímpico britânico e afirma que as experiências se completam.

- Acho que os cuidados com os atletas fazem parte do meu DNA e é uma área que só vai crescer. Tenho orgulho de fazer parte dessa jornada e ajudar a tornar isso mais fácil. Gosto de pensar que o que aprendi no esporte olímpico posso trazer para o futebol, e o que aprendo no futebol levo de volta para o mundo olímpico. Espero que isso me dê uma base de conhecimento mais ampla para que eu possa oferecer suporte onde for necessário.

Fã de futebol, Kristian admite ser um torcedor do Wolverhampton, mas rapidamente se corrige:

- Sim, torço pelos Wolves. Mas agora que eu trabalho na Premier League, todos os clubes são igualmente importantes, obviamente - ri.

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