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Por Marcos Guerra — Paris, França


Victoria, ginasta do Brasil, é carregada pelas colegas do conjunto e a treinadora

Victoria, ginasta do Brasil, é carregada pelas colegas do conjunto e a treinadora

O Brasil chegou às Olimpíadas pela primeira vez como candidato ao pódio no conjunto da ginástica rítmica, mas a lesão de Victória Borges impediu quinteto de ir à final de Paris nesta sexta-feira. Capitã do time brasileiro, Duda Arakaki ressaltou a força do grupo e de Victória para se recuperar. Afinal o sonho da medalha inédita passou a ser para o Mundial de 2025, no Rio de Janeiro. Vai ser a primeira vez que o Brasil vai sediar um Mundial de ginástica.

- A gente sabe que a nossa equipe é muito resiliente, muito forte. O orgulho só aumenta. Ela deu essa oportunidade para a gente. Eu acho que a gente conseguiu realizar o nosso sonho, sabe? Então, por isso, e agora, a gente só quer que ela fique bem. Antes de qualquer resultado, a gente só quer que ela se recupere logo, porque a gente sabe que a gente vai recuperar. Todo atleta tá sujeito a isso, né? Ninguém quer que seja na competição da vida, mas tá todo mundo sujeito - disse Duda Arakaki.

Veja as duas apresentações do Brasil na ginástica rítmica com imagens exclusivas do sportv

Veja as duas apresentações do Brasil na ginástica rítmica com imagens exclusivas do sportv

Victória sofreu uma contratura no músculo gastrocnêmio no aquecimento para a série mista (três fitas e duas bolas). Ela já havia se apresentado - e bem - na prova de cinco arcos, e não é possível substituir uma ginasta no meio das Olimpíadas. Victória ainda vai passar por exames de imagem para analisar a gravidade da lesão na panturrilha esquerda. Ela deve voltar ao conjunto verde-amarelo depois de tratar a lesão de olho no Mundial de agosto de 2025.

- É um misto de sentimentos, mas o que prevalece é orgulho, porque a gente deu o nosso máximo. No aquecimento, dez minutos antes de entrar na quadra, a Vic sentiu a panturrilha. A gente não sabia muito o que fazer, mas o nosso médico estava lá com a gente. Ela quis tentar competir, então a gente só tinha que agradecer mesmo, porque a gente queria finalizar. A gente trabalhou duro todo esse tempo para poder competir, essas Olimpíadas. Era o nosso maior objetivo. Então, só gratidão, porque a gente se uniu muito, então a gente conseguiu fazer uma série muito bonita. Ela deu o máximo dela, só que ela não tinha condição ainda de fazer as dificuldades corporais, então ela precisou só marcar, por isso que a nota não subiu tanto - disse Duda Arakaki, capitã do conjunto brasileiro, lembrando que não há ginastas reservas nas Olimpíadas.

Companheiras explicam lesão de Victoria antes de apresentação da ginástica rítmica

Companheiras explicam lesão de Victoria antes de apresentação da ginástica rítmica

Conjunto do Brasil na ginástica rítmica se desespera após apresentação nos Jogos de Paris em 2024 — Foto: Reuters

O Brasil foi muito bem na primeira apresentação com o arco, somando 35.950 e ficando em quarto após o fim da rotação. Na segunda série das fitas e bolas, com Victória já machucada, a equipe perdeu muitos pontos de execução, já que a ginasta não conseguiu fazer os movimentos de dificuldade. Com isso, o Brasil caiu no quadro geral ao receber a nota de 24.950. Veja o vídeo da câmera exclusiva mostrando os movimentos de Victória:

Câmera exclusiva do Sportv mostra a dificuldade de Victória na apresentação do conjunto misto na ginástica rítmica

Câmera exclusiva do Sportv mostra a dificuldade de Victória na apresentação do conjunto misto na ginástica rítmica

O Brasil chegou às Olimpíadas de Paris como um dos favoritos ao pódio do conjunto na ginástica rítmica. A equipe conquistou o ouro no Pan de Santiago e no Mundial de 2024 e foi aos Jogos com Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges. A classificação nesta sexta-feira era praticamente uma certeza, principalmente após a primeira rotação. Apenas Itália, Bulgária e França estavam na frente das brasileiras.

Conjunto do Brasil na ginástica rítmica dos Jogos de Paris em 2024 — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A primeira nota foi tão boa que, mesmo com o segundo resultado ruim, a seleção ainda terminou em nono no quadro geral. Por pouco a classificação não veio. As classificadas foram, respectivamente: Bulgária, Itália, Ucrânia, França, China, Israel, Uzbequistão e Azerbaijão.

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