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Por Lívia Laranjeira e Marcelo Barone — Bangkok, Tailândia


Primeira seleção a anotar 100% de aproveitamento na fase classificatória da Liga das Nações (VNL), o Brasil terminou a competição em quarto lugar, colocação aquém das expectativas. Após superar a Tailândia e perder para o Japão na semifinal, a equipe liderada por José Roberto Guimarães se despediu do torneio no domingo (23), em Bangkok, com derrota para a Polônia na disputa pela terceira posição.

Polônia 3 x 2 Brasil - Melhores momentos - Disputa de 3º lugar - Liga das Nações de vôlei feminino

Polônia 3 x 2 Brasil - Melhores momentos - Disputa de 3º lugar - Liga das Nações de vôlei feminino

A tristeza pela eliminação no sábado, acentuada pela derrota para as polonesas no dia seguinte, foi inevitável. Entretanto, a cerca de um mês do início dos Jogos Olímpicos, a VNL deixou lições. Em entrevista exclusiva ao ge, Zé Roberto Guimarães afirma que as dificuldades enfrentadas deixarão a seleção mais calejada.

- Fizemos as três fases de grupos em um bom nível. Conseguimos bons resultados, deu para ver bastante coisa, porque jogamos praticamente contra todos os times, exceto China, República Dominicana e França. Nessa fase final foi importante passarmos por essas dificuldades. Faz parte. A Tailândia já não tinha sido um jogo fácil. Depois, pegamos o Japão, que foi um 3 a 2 bastante disputado, com muitas trocas de bolas, 2h12 de jogo. E hoje (domingo), a Polônia, outro 3 a 2 extremamente disputado. Fica a lição. Sabemos o que precisa ser feito para o futuro. Há várias coisas a serem melhoradas. Quando agredimos no saque, tivemos um aproveitamento muito melhor na relação bloqueio-defesa. Vimos que nosso sistema defensivo funcionou muito bem em determinados momentos, os nossos contra-ataques também.

- Contra a Polônia, começamos o tie-break perdendo dois contra-ataques e errando três saques, quase na sequência. Muitos erros seguidos. Você tem que quebrar essa cadeia. A participação foi boa, mas poderia ter sido melhor, sim. A gente gostaria muito de ter vencido essa competição. A preparação para as Olimpíadas está acontecendo, as respostas também estão acontecendo. E as derrotas que nós tivemos nos apontam caminhos. A gente precisa trabalhar com eles.

Zé Roberto Guimarães volta o foco para as Olimpíadas — Foto: Volleyball World

A tensão vivida nesta fase decisiva da Liga das Nações também é um fator que ajuda deixar a seleção em uma situação parecida com a que irá se deparar na capital francesa no mês que vem.

- Olimpíadas são um tiro curto. A gente estava comentando isso. São seis jogos, diminuíram o número. É muito curto. A gente precisa estar preparado para todos as situações que vão acontecer. Foi interessante ter enfrentado dois adversários dos Jogos Olímpicos. A tônica das partidas vai ser exatamente igual. Então, a gente precisa se preparar de todas as formas, principalmente mentalmente para encarar esses desafios.

Brasil x Polônia - Liga das Nações feminina de vôlei — Foto: FIVB

Nos Jogos Olímpicos, o Brasil voltará a cruzar o caminho de Japão e Polônia, pois integram o Grupo B, completado pelo Quênia. E por ter feito jogos parelhos contra os algozes na Liga das Nações, José Roberto Guimarães acredita em um desfecho diferente em Paris.

– A tristeza é grande. Sinto que o time também está sentido. Ao mesmo tempo, a gente sabe que teve experiências muito importantes aqui, que esses dois jogos que perdemos na fase final vão acrescentar muito para a gente entender e levar isso para a nossa preparação, para já entender aquilo que a gente tem que evoluir. E o quanto é importante, porque lá a gente pode jogar jogos seguidos. Então, essa preparação agora é na parte física. Elas vão com tarefas de casa nesses dias em que vão descansar. Vai ser um descanso ativo. E voltar realmente sabendo que, quando você perde por 3 a 2, a gente sabe que é muito próximo.

- São duas bolas que definem, ou por sorte, ou porque você foi mais competente do que o seu adversário, ou errou menos. Mas, quando é dessa maneira, você sabe que está muito próximo, que a distância é muito pequena. E aí isso motiva muito, dá mais força de saber que, se a gente melhorar em certos quesitos, a gente pode batê-los nos Jogos Olímpicos. Elas vão ter uns dias de folga, até para dar uma respirada, e a gente volta a treinar em Saquarema, dando continuidade ao nosso projeto, ao nosso planejamento para os Jogos Olímpicos.

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