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Por Redação ge — Rio de Janeiro


Do céu ao inferno em apenas duas semanas: essa foi a situação da Ferrari no GP do Canadá deste domingo, que sucedeu a inédita vitória de Charles Leclerc em Mônaco com um abandono duplo. Após a prova, o chefe Frederic Vasseur detalhou o que deu errado para a equipe, mas focou em juntar os pedaços e recomeçar visando o restante do campeonato da F1.

Charles Leclerc abandonou GP do Canadá da F1 em 2024 — Foto: Bryn Lennon - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

- O ritmo foi forte na sexta-feira (nos treinos); no sábado as condições estavam complicadas, mas estávamos bastante confiantes para a corrida. Os problemas no início... tudo deu errado. Espero que tudo de ruim que tenha para acontecer no resto do ano já tenha acontecido agora - declarou.

De fato, a escuderia italiana abriu o fim de semana colocando seus pilotos, Carlos Sainz e Charles Leclerc, entre os três mais rápidos do primeiro treino livre. Leclerc ainda apareceu com o quarto melhor tempo na segunda sessão, mas o sábado mostrou um cenário oposto.

Charles Leclerc no GP do Canadá da F1 em 2024 — Foto: Chris Graythen/Getty Images

A dupla ferrarista acabou eliminada ainda no Q2, na classificação que definiu George Russell como pole. O monegasco ficou com o 11º lugar e seu colega, partiu da 13ª colocação. A escuderia não ficava fora do top 10 no grid desde o GP da Bélgica de 2021, quando Leclerc foi 11º e Sainz, 13º.

A corrida tinha tudo para ser promissora. Leclerc entrou na zona de pontuação já na largada, mas de repente, sentiu algo estranho em seu motor e avisou a Ferrari pelo rádio. A equipe confirmou um problema em sua unidade de potência, que persistiu até sua retirada na volta 40.

- Foi uma corrida difícil de administrar porque eu tinha mil ajustes para fazer na direção do carro. Tudo foi bem até chover, mas quando a pista secou eu sabia que minha corrida havia acabado - lamentou o monegasco.

Carlos Sainz também abandonou GP do Canadá da F1 em 2024 — Foto: Mert Alper Dervis/Anadolu via Getty Images

O problema estava fazendo Leclerc perder quase 1s por volta em relação aos rivais, nas retas, e outros 80 cv de potência - equivalente a 10 a 15 km/h. E não bastando a falha mecânica, ele ainda sofreu com o erro de estratégia da Ferrari, que o chamou aos boxes para trocar os pneus intermediários, no 28º giro, pelos duros, só para voltar aos compostos de chuva após três voltas.

- Em um determinado momento, estávamos esperando uma bandeira vermelha para que pudéssemos fazer um ajuste (no carro de Leclerc) e recomeçar. A bandeira vermelha não veio, perdemos uma volta e, para Charles, a corrida acabou. Carlos (Sainz), por outro lado, não teve uma largada muito boa; ele estava no meio do pelotão, depois em determinado momento fez contato com Bottas ou Ricciardo e danificou a asa dianteira e a parte inferior. Foi um fim de semana difícil - reconheceu Vasseur.

Como funciona a pontuação na Fórmula 1?

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A cereja do bolo para a Ferrari foi o abandono de Sainz: na volta 52, o piloto rodou e acertou Alexander Albon, da Williams, tirando ambos da prova. Sua retirada marcou o primeiro abandono duplo da escuderia desde o GP do Azerbaijão de 2022.

- Não sei dizer o que foi mais difícil, mas com certeza não foi dos melhores fins de semana. Às vezes, você tem a sensação de que tudo está dando errado, mas não mudamos nossa abordagem: estamos trabalhando, como equipe, nos momentos bons e ruins - reforçou o chefe da Ferrari.

A F1 retorna daqui a duas semanas com o GP da Espanha, válido como a décima etapa da temporada 2024. Veja o calendário.

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