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• Leclerc é o primeiro monegasco a vencer o GP de Mônaco em 93 anos
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Muito questionada pela baixa competitividade frente à dominância da RBR, a temporada 2023 teve três pilotos vencendo o ano inteiro: Max Verstappen, em 19 das 22 corridas; Sergio Pérez em duas e Carlos Sainz em uma.

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O espanhol da Ferrari, que levou a melhor no GP de Singapura, ainda foi o único piloto não-RBR a subir ao topo do pódio ano passado. A temporada passada foi tão dominante que Verstappen conquistou seu tricampeonato com cinco corridas de antecedência, a segunda maior antecipação da história, perdendo apenas para Michael Schumacher em 2002.

Ao todo, a RBR fechou a temporada com 86,4% de vitórias - proporção que está em aberta agora em 2024, mas gira em torno de 62,5% após oito corridas. Neste ano, porém, Verstappen ainda segue como o maior vencedor, com cinco conquistas.

O primeiro vencedor diferente desta temporada foi Carlos Sainz. O espanhol da Ferrari largou em segundo lugar no GP da Austrália e aproveitou uma quebra no carro de Verstappen, voltando a ocupar o topo do pódio pela primeira vez desde a conquista em setembro passado, em Marina Bay.

Depois dele, foi a vez de Lando Norris. Mais de 900 dias depois, o piloto da McLaren exorcizou um fantasma que o acompanhava desde que desperdiçou uma chance no GP da Rússia de 2021 porque não quis trocar os pneus na chegada da chuva. Foi a primeira vitória de sua carreira; o britânico ainda foi o primeiro piloto a superar Verstappen na pista.

Há outra marca que Verstappen não poderá mais superar mais em 2024: a participação em todos os pódios da temporada.

Depois de bater na trave ano passado, perdendo a chance apenas pelo quinto lugar em Singapura, ele abandonou o GP da Austrália deste ano com uma quebra nos freios e chegou, neste domingo, apenas em quinto lugar.

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O recorde pertence a Michael Schumacher há 22 anos: no ano do pentacampeonato, em 2002, o alemão conquistou 11 vitórias, cinco segundos lugares e um terceiro lugar nos 17 GPs da temporada.

O desejo por uma F1 mais competitiva levou a categoria a introduzir em 2022 seu novo regulamento técnico, que resgatou o efeito solo nos carros (quando o assoalho gera mais pressão aerodinâmica que as asas dianteira e traseira). Mas o que se viu, desde então, foi a dominância crescente da RBR.

Liderada no departamento técnico pelo projetista Adrian Newey, que trabalhou na F1 na década de 1980 quando o efeito solo ainda era vigente, a equipe engatou um hexacampeonato de construtores e mais dois títulos de pilotos para Verstappen - além do primeiro dele, em 2021, nos carros antigos. Newey, porém, está de saída da equipe após quase 19 anos de parceria.

Largando da pole position pela terceira vez nas ruas em que nasceu e cresceu, Leclerc dominou o GP de Mônaco deste domingo; fez duas largadas limpas e cruzou a linha de chegada à frente de Oscar Piastri, da McLaren. Ele se tornou o primeiro piloto de Mônaco a vencer em Monte Carlo em 74 anos da F1.

O triunfo encerrou uma "zica" que perdurava para Leclerc desde sua estreia na Fórmula 2 em 2017: até este ano, ele havia abandonado ou perdido a chance de brigar por um pódio correndo em Monte Carlo nas seis vezes em que competiu em casa, mesmo largando da pole duas vezes na F1, em 2021 e 2022.

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Com 138 pontos, o monegasco segue na vice-liderança do campeonato de pilotos que tem Max Verstappen em primeiro lugar. Os dois estão separados por 23 pontos.

A F1 retorna daqui a duas semanas com o GP do Canadá, válido como a nona etapa da temporada. Confira o calendário completo.