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As férias da F1 não são apenas um acordo informal entre equipes. A pausa está prevista no artigo 24.1 do regulamento esportivo da categoria, em texto que prevê 14 dias corridos consecutivos de desligamento a todos os competidores, entre os meses de julho e agosto.

Nem todas as equipes precisam tirar férias nos mesmos dias, mas todas precisam informar o período de desligamento desejado um mês antes do início do campeonato.

Durante a pausa, há diversas restrições ao funcionamento das fábricas. É vetado o uso de túneis de vento; simulações de CFD (Dinâmica Computacional dos Fluidos, ferramenta adotada no design dos carros) e em projetos relacionados à F1; produção ou desenvolvimento de peças do túnel de vento, peças do carro e peças de testes; submontagem de peças do carro ou montagem de carros.

Além disso, o regulamento também proíbe atividades laborais de qualquer funcionário ou consultor envolvido com design, desenvolvimento ou produção - à exceção de trabalho feito no circuito em preparação para o primeiro GP pós-férias.

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Dessa forma, pilotos e os principais funcionários das equipes - principalmente os sobrecarregados mecânicos - de fato aproveitam o período para descansar e manterem-se em forma, visando a continuidade da temporada ao fim das férias.

Recentemente, a regra também foi estendida às fabricantes de unidades de potência, os motores da F1, nos mesmos moldes das limitações impostas para as equipes. A medida também serve para equilibrar o campeonato, garantindo que nenhum time trabalhe em seu "tempo livre" de modo a obter vantagem. O método também ajuda a equilibrar as contas.

Como toda regra tem sua exceção, há certas atividades que podem ser desempenhadas durante as férias da F1. Reparos a carros danificados no GP imediatamente anterior à pausa demandam autorização prévia da FIA, assim como atividades de apoio a projetos não relacionados à categoria.

As equipes podem montar carros de exibição, desde que isso não acarrete produção de peças do carro atual. Além disso, serviços de manutenção são permitidos, assim como uso do túnel de vento e de computadores para simulação de CFD - mas apenas voltados a iniciativas separadas da F1.

A paralisação foi instaurada no início dos anos 2000 como forma de descanso aos funcionários, já que a expansão gradativa do calendário da F1 também aumentou a carga de trabalho nas fábricas. Para 2024, há 24 corridas previstas - e se o cronograma for seguido do início ao fim, será a maior temporada da história da categoria.

Ao fim do ano, há uma nova paralisação forçada, com nove dias de descanso a partir da véspera de Natal, em 24 de dezembro. Desta forma, a jornada de trabalho nas fábricas começa oficialmente no dia 2 de janeiro.

Com as proibições voltadas ao desenvolvimento dos monopostos, as férias no verão europeu também assumem um papel importante na contenção dos gastos das equipes.