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Por Redação ge — Rio de Janeiro


A boa fase da RBR neste início de ano na F1 mascara o fato de que a equipe precisou lidar com um grande problema: as punições recebidas em 2022 por ter infringido o teto de gastos em 2021 - uma multa, redução de 10% em seu uso de túnel de vento e ampliação do limite de despesas nesta temporada. Entretanto, as consequências poderiam ter sido maiores; é o que revela o chefe Christian Horner.

- Isso nos afetou. Estas coisas são usadas por seus rivais. Tivemos um deles contatando nossos patrocinadores e parceiros, fazendo sugestões de que estaríamos desacreditando suas marcas - disse.

Projetista Adrian Newey e chefe de equipe Christian Horner, da RBR, no GP da Arábia Saudita da F1 em 2023 — Foto: Eric Alonso/Getty Images

O caso veio à tona em setembro passado, durante o GP de Singapura. A RBR chegou a se posicionar contra a confirmação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) de que houve uma infração, porém, aceitou o acordo da entidade, abrindo mão do direito de protesto.

O prejuízo financeiro para a RBR foi de 7 milhões de dólares, cerca de R$ 37 milhões. O time também cometeu uma infração processual do teto orçamentário, que inclui um erro no cálculo com os gastos da RB Powertrains, setor de desenvolvimento das unidades de potência austríacas.

A infração do teto de gastos de US$ 145 milhões (R$ 751 milhões) equivaleu a 1,6% do valor total: 1,8 milhão de libras, ou R$ 11 milhões. No mesmo processo, a vice-líder do campeonato 2023 Aston Martin também foi acusada por infração processual, e multada em 450 mil dólares (R$ 2,4 milhões).

O bicampeão Max Verstappen posa com os chefes Christian Horner e Helmut Marko após o GP de Abu Dhabi de 2022 — Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull

Horner não falou qual foi a adversária que contatou seus patrocinadores, mas a questão não foi bem recebida por rivais como McLaren, Ferrari e Mercedes, que protestaram. O austríaco ainda alfinetou a rival alemã, alegando que ele, o consultor Helmut Marko e os pilotos Max Verstappen (holandês) e Sergio Pérez (mexicano) são demonizados na F1.

- Se tivéssemos um piloto britânico como uma certa equipe em Brackley (caso da Mercedes, com dupla britânica formada por Lewis Hamilton e George Russell)... Somos facilmente vistos como os vilões. Há sempre algo, sempre uma diretriz técnica que cai, uma mudança de jogo. Posso garantir que os outros estarão esquematizando: "Como podemos atrasá-los?". É parte do jogo - completou.

Infos e horários - GP da Austrália — Foto: Infoesporte

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